Quem não acreditou, lamentou e chorou com o rebaixamento da Chapecoense em 2010, não poderia imaginar que, em 2011, o Verdão do Oeste faria uma campanha quase que impecável no Campeonato Catarinense. Está certo que a sorte deu um empurrãozinho – o Atlético de Ibirama desistiu da competição e a Chape ficou novamente com a vaga na elite. Uma reviravolta e tanto. Mas, o torcedor está acostumado a viver grandes emoções, não é mesmo?

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E a emoção maior será a conquista do título, em casa, domingo, às 16h. Desde 2007 que o time do Oeste não levanta a taça. A última melhor colocação foi um vice-campeonato, em 2009, em que o campeão foi o Avaí.

Foto: Sirli Freitas

Belas marcas

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Com 22 jogos disputados em todo o Estadual, a Chapecoense não perdeu nenhum em seu território, sempre apoiada pela força de sua torcida fanática. Outra marca que surpreende é que o time do técnico Mauro Ovelha marcou gols em 21 confrontos disputados. Só não anotou na partida de ida da final do returno, no Heriberto Hülse, contra o Criciúma – perdeu por 1 a 0.

Uh, terror, Aloísio é matador

Se a Chapecoense tem excelentes marcas neste Estadual, um dos grandes responsáveis é o atacante Aloísio. Com 14 gols anotados, o ‘matador’ justifica o apelido que ganhou dos torcedores: ele é o vice-artilheiro do campeonato, atrás apenas de Lima, do JEC, que tem 17. Outro marcador de destaque do Verdão do Oeste é Neilson. O atleta tem sete gols anotados.

Foto: Alvarélio Kurossu

O início

A trajetória do turno da Chapecoense foi satisfatória. O time classificou em terceiro lugar, com 15 pontos, mas foi eliminado nas semifinais pelo Criciúma. O empate em 1 a 1 deu ao Tigre a chance de disputar a final com o Figueirense e, depois, conquistar o título.

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Se no turno não deu para chegar à final, no returno foi difícil tirar a Chapecoense do topo da tabela de classificação do Catarinense. Em nove jogos, o Verdão venceu sete, empatou um e perdeu também somente um. O único time que ameaçou roubar a liderança do Verdão foi o Figueirense. Mas, a Chapecoense aguentou firme e forte e classificou-se em primeiro. ? Veja os gols

Foto: Sirli Freitas

O título do returno

O objetivo de ser finalista já estava traçado e, pelos números, não restavam dúvidas da classificação verde e branca. E assim aconteceu. Na semifinal foi a vez de despachar o JEC, no Índio Condá. Uma vitória por 2 a 1, colocou o Verdão na final, contra o Avaí, seu algoz em 2009. Com a vantagem do empate, o Índio deixou o Leão da Ilha para trás com um 2 a 2, em casa.

Aliás, a Chapecoense teve que suar, e muito, para garantir o empate. Foi sofrido, dramático. A Chapecoense saiu perdendo por 2 a 0 e, um bate-papo somado a um puxão de orelhas do técnico Mauro Ovelha, colocaram um outro Verdão do Oeste em campo. Os guerreiros verdes lutaram e coube ao matador Aloísio marcar duas vezes e embrulhar o título para o a torcida presente no Índio Condá. Foi uma festa só. Agora, outro felino do futebol catarinense estava à espera do Verdão: o Criciúma.

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? Veja os gols

Foto: Alvarélio Kurossu

Primeira parte da final

A torcida se mobilizou, compareceu em peso no Heriberto Hülse e empurrou o time. O primeiro tempo foi de domínio da Chape, mas, na segunda etapa, o Tigre saiu da jaula e mostrou as garras. O jovem Talles Cunha colocou o Criciúma em vantagem para o confronto de volta. Destaque para a atuação do goleiro Rodolpho, que assegurou o placar de 1 x 0 para o Tigre com grandes defesas.

Foto: Mauricio Vieira

Chega de ser vice!

O técnico Mauro Ovelha chega à sua quinta final no Catarinense. Nas outras quatro ocasiões ele bateu na trave e perdeu o título: duas com o Atlético de Ibirama, uma com a Chapecoense e outra com o Joinville. No jogo de domingo, ele quer deixar para trás a fama de ‘vice’ para ser o grande campeão do Estado.

Foto: Mauricio Vieira

Esta é a segunda passagem de Ovelha na equipe. Na primeira, em 2009, conquistou vaga para a Copa do Brasil e o acesso à Série C. No começo de 2010 foi demitido devido à má campanha no Estadual. Foi para o Joinville, que já estava na final, e foi vice-campeão. Depois treinou o Metropolitano na Série D. No final do ano passado foi recontratado, mesmo com rejeição de parte da torcida e da imprensa. No entanto, o treinador topou o desafio. Pelo jeito, ele fez a escolha certa.

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O confronto decisivo já tem data: 15 de maio. O palco? Estádio Regional Índio Condá. A Chapecoense precisa vencer o jogo para sagrar-se campeã, pois o empate dá o título ao Criciúma. A torcida conta com uma bela atuação do seu principal lutador. Quem sabe Aloísio não comece como matador e saia como artilheiro-campeão? É torcer.