Com 25 filmes oficiais lançados, uma das franquias mais longas da história do cinema nos apresenta uma última vez o James Bond de Daniel Craig, que concluiu sua participação com cinco filmes como o espião mais conhecido do mundo. Ao todo, a franquia conta com 27 longas-metragens, caso reconhecemos o alternativo do Sean Connery e o primeiro com Peter Sellers. Mas oficialmente são 25 reconhecidos. Destes 25, Roger Moore foi o que mais interpretou James Bond – oito vezes.

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Daniel Craig completa seu ciclo com algumas das melhores histórias envolvendo o agente 007. Nem sempre foi assim. O ator anterior, Pierce Brosnan, por exemplo, sofreu muito nas mãos de roteiristas que investiam em carros invisíveis, assassinos que não sentiam dor e castelos de gelo. O James Bond de Craig é uma das versões mais violentas do agente.

No novo capítulo, Bond agora vive uma vida pacata na Jamaica. Ele é contatado pelo amigo Felix Leiter e embarca numa última missão envolvendo uma nova tecnologia perigosa. O filme é dirigido pelo excelente Cary Joji Fukunaga, com roteiro do mesmo diretor, Neal Purvis, Robert Wade e de Phoebe-Waller-Bridge (a mente brilhante por trás de Fleabag).

A metáfora do 007

Apesar de defender as cores inglesas, James Bond representava o sonho do homem americano dos anos 60: bem arrumado, galanteador, vive em meio de jogos, cigarros, mulheres, bebidas e defende bravamente seu país. A época da Guerra Fria foi certamente um momento em que os americanos e seus aliados tinham de ser vistos combatendo seus inimigos com destreza e inteligência — seja nos quadrinhos, na televisão ou no cinema. Nos primeiros longas, não à toa, somos apresentados a um agente leal à sua pátria, desconfiado de tudo ao redor e que luta contra homens “descontrolados”, os quais tentam terminar um período de paz com bombas, foguetes e planos de dominação mundial.

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Os atores

Cada um dos atores a interpretar James Bond produziu uma era bem específica. Sean Connery era um agente frio e calculista. Roger Moore era sarcástico e malicioso. George Lazenby trouxe um viés de paixão ao espião. Timothy Dalton, um lado mais intenso e vingativo. Pierce Brosnan trouxe uma faceta charmosa e tecnológica.  Daniel Craig, por sua vez, trouxe um Bond mais humano, mais “da rua” e muitas vezes mais palpável ao espectador. É um dos melhores.

Os cinco melhores filmes

Cassino Royale

Não há charme ou bondade na primeira aparição do James Bond de Daniel Craig. É apenas a brutalidade escancarada nos socos, na perseguição a pé, na luta no banheiro. O grito de socorro dos fãs, após a era circense de Brosnan, havia sido atendido.

O Espião que me Amava

Com o fim da rigidez e frieza perpetuadas por Connery, o brilhante Roger Moore encontrava definitivamente o tom do personagem na peculiaridade com que encarava a vida e as missões, quase como um bon vivant, algo que torna seu interesse e prazer pela companhia da agente de Barbara Bach muito mais genuínos.

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007 – A Serviço de sua Majestade

O filme em que James Bond decide se casar. Se isso não fosse o bastante, um dos primeiros filmes da franquia que é categórico com o sofrimento do agente, o qual está sempre precisando seguir em frente, pois, se parar, algo será tirado dele.

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Moscou contra 007

O nome é Bond. James Bond. É o filme que definitivamente apresenta os clichês que seriam tão reverenciados ao decorrer da franquia – os carros, as mulheres, as explosões, a lealdade, a busca por controle e poder.

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Skyfall

Introduzindo uma visão mais autoral para a franquia, o diretor Sam Mendes  humaniza ao máximo seu personagem para poder trabalhar com sua autodestruição no decorrer da narrativa.

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