Dez anos depois dos atentados islamitas de 11 de março de 2004 em Madri, o governo espanhol considera que atualmente existe um “risco provável” de atentado na Espanha, que se prepara para homenagear na terça-feira os 191 mortos nos ataques.

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Para o ministro, o nível de alerta está atualmente na categoria 2, o que significa um “risco provável” de atentado terrorista.

– Este nível 2 não foi alterado nos últimos anos – , disse o ministro.

Em 11 de março de 2004, quatro bombas explodiram em quatro trens lotados em Madri e seus arredores. Os atentados deixaram 191 mortos e quase 1,9 mil feridos.

O então primeiro-ministro conservador José María Aznar atribuiu em um primeiro momento a autoria do atentado ao grupo separatista basco ETA, apesar de um um grupo vinculado à Al-Qaeda ter reivindicado no mesmo dia o ataque, o mais violento em território espanhol.

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A obstinação do governo em apontar o ETA como culpado influenciou na derrota poucos dias depois do Partido Popular (PP) nas eleições legislativas, vencidas pelo socialista José Luís Rodríguez Zapatero.

– Houve um momento em que todo mundo pensou no ETA, porque era o terrorismo que estávamos sofrendo há muito tempo na Espanha – , declarou Fernández Díaz.

– O terrorismo jihadista era, pensávamos de maneira equivocada, um tanto distante – , completou.

O ministro recordou que os principais autores dos atentados se mataram com explosivos em 3 de abril de 2004, quando estavam cercados pela polícia em um apartamento de Leganés, nas proximidades de Madri.

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