Esta é a primeira vez na história da Espanha que um número tão grande de trabalhadores fica desempregado ao mesmo tempo. Os dados, coletados na Pesquisa População Ativa neste primeiro semestre e publicado pelo Instituto Nacional de Estatística do país nesta quinta-feira, apontam que 27,16% da mão de obra espanhola encontra-se parada. Ao todo, seriam em torno de 6.202.700 trabalhadores parados, o que representa uma redução de 237.400 postos de trabalho.

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Pelo lado da ocupação, a variação trimestral caiu 1,9% e a anual recuou em 4,58% o que significa um total de 71,4 mil pessoas fora de empregos públicos, em muito devido ao corte de gastos do governo, e 251 mil de privados, com um total de mais de 322 mil pessoas sem trabalho. Ao todo, a população economicamente ativa da Espanha soma pouco mais de 16,6 milhões pessoas, de uma população total estimada em 46,5 milhões.

Segundo o diário espanhol El País, o primeiro trimestre do ano é tradicionalmente ruim para o emprego. A alta temporada de turistas ficou distante, mesmo que a Semana Santa tenha caído em março, as grandes colheitas já terminaram e o inverno não é um boa época para a construção civil. Desde o início da crise, o país conta com quatro milhões de desempregados. A taxa tem subido cerca de 20% em cinco anos.