A Espanha anunciou nesta sexta-feira que não extraditará o escritor de nacionalidade alemã e turca Dogan Akhanli para a Turquia, onde é acusado de “terrorismo”, informou nesta sexta-feira a vice-presidente do governo espanhol, Soraya Sáenz de Santamaría.
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“O governo decidiu pela não continuidade do procedimento de extradição solicitado pelas autoridades da Turquia de Dogan Akhanli”, declarou Sáenz de Santamaría em entrevista coletiva após o conselho de ministros.
“Estou aliviado, claro. Não esperava outra coisa”, reagiu o escritor ao jornal alemão Kölner Stadt Anzeiger.
Akhanli, de 60 anos e residente na Alemanha desde 1991, foi detido em 19 de agosto em Granada (sul de Espanha), onde se encontrava a turismo.
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Policiais espanhóis o detiveram a mando da Interpol e a pedido de Ancara, que o acusa de “terrorismo”, segundo detalhou seu advogado, Gonzalo Boye.
Após um protesto de Berlim, ele foi libertado em 20 de agosto, mas as autoridades pediram que ele permanecesse em Madri até a decisão sobre o pedido de extradição.
Akhanli disse em agosto sofrer perseguição na Turquia, onde já passou duas temporadas na prisão, por ter escrito livros sobre o genocídio armênio praticado pelos turcos no começo do século XX e sobre os direitos dos curdos.
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* AFP