A Espanha superará a sua crise financeira sem ajuda externa e, até mesmo, sairá fortalecida, afirmou o ministro de Economia, Luis de Guindos, em uma entrevista publicada neste sábado. Ele disse ao jornal Frankfurter Allegemeine Zeitung que este ano será difícil, com crescimento bem menor e alto desemprego, “mas estamos preparando as bases para um 2013 melhor.”

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A capacidade de Madri para colocar as finanças sob controle gerou preocupações na última quarta-feira, quando os custos de empréstimo cresceram acentuadamente na primeira venda de dívida desde o anúncio de um austero orçamento na semana passada, incluindo 27 bilhões de euros em alta de impostos e corte de gastos, a fim de reduzir o déficit público para 5,3% do PIB deste ano, ante 8,5% em 2011.

A Espanha se esforça para diminuir a dívida pública para tranquilizar os mercados e mostrar que não seguirá os passos de Grécia, Irlanda e Portugal, após não ser capaz de cumprir a meta de déficit de 6% no ano passado.

Mas a tarefa é complicada pelo fato de que a Espanha está voltando para recessão, com previsões de que a economia encolherá 1,7% neste ano e a taxa de desempenho subirá para 24,3%, de acordo com estimativas do governo.

De Guindos afirmou que a prioridade é uma reforma do setor público, especialmente na educação e saúde, para reduzir as despesas depois da liberalização de comércio de serviços. O segmento financeiro verá os componentes mais fracos desaparecerem, acrescentou ele. “Nós sairemos disso ainda mais fortes, sem ajuda externa”, declarou o ministro

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