Se a Liga das Nações chegou a ser tratada como uma competição secundária, o que se viu neste final de semana foi uma quarta de final recheada de gols – 21 em quatro partidas –, viradas e emoção de sobra. Portugal, Espanha, França e Alemanha se classificaram para as semifinais. Mas todas as vagas foram com “sofrimento”. 

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As semis serão realizadas entre os dias 4 e 5 de junho, em jogo único na Alemanha. A anfitriã e Portugal se enfrentam em 4 de junho, enquanto a Espanha e França duelam no dia seguinte em Stuttgart. 

A grande final será em 8 de junho, também em jogo único, em Munique.

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Veja como foram as classificações 

Portugal 5×2 Dinamarca 

Portugal tinha levado 1 a 0 da Dinamarca em “o pior jogo recente da seleção”, segundo o próprio treinador Robert Martinez. Logo aos quatro minutos, Cristiano Ronaldo cobrou penalidade com displicência e desperdiçou. Incrédulo, ele ficou olhando para a goleira paralisada. Parecia que seria mais uma noite ruim…

… Mas não. Portugal ressurgiu com uma “ajuda” da Dinamarca. Em cobrança de escanteio, Andersen, zagueiro dinamarquês, foi tentar afastar e cabeceou contra as próprias redes. O lateral Kristensen, no entanto, deixou tudo igual em novo lance de tiro de canto. 

CR7 recolocou a Lusa na frente ao pegar um rebote na grande área, mas o camisa 10 Eriksen voltou a empatar, ao aproveitar erro na saída de bola portuguesa. Cristiano Ronaldo já tinha tido outras chances claras, quando Martinez colocou Trincão, do Sporting, em campo. 

O então suplente mudou a história do jogo. Fez um golaço aos 40 minutos do segundo tempo e levou o jogo para a prorrogação. Trincão e Gonçalo Ramos marcaram no tempo extra e decretaram a vaga. A atuação, no entanto, foi questionada pela imprensa local, assim como a atuação do camisa 7.

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– O barquinho de Portugal esteve em muitos momentos à beira do naufrágio, mostrou-se incapaz de ter bola quando mais precisava dela, e revelou, a quem ainda não tinha percebido, que com Cristiano Ronaldo a equipe joga um tipo de futebol mais redondo, menos intenso e agressivo. Sem o jogador do Al-Nassr, Portugal torna-se num conjunto que pressiona forte, é mais rápido e acaba por ser mais temível – escreve A Bola. 

Espanha (5) 3×3 (4) Holanda

A Fúria se classificou nos pênaltis, após um confronto equilibrado a partida toda no Estádio Mestalla, em Valência. O centroavante Oyarzabal sofreu e abriu o placar de pênalti, enquanto Memphis Depay deixou tudo igual no início da segunda etapa, também em penalidade.

Com boa atuação, Oyarzabal, da Real Sociedad, anotou o segundo gol da Espanha, mas Maatsen igualou novamente, aos 33 da etapa final. Na prorrogação, Yamal fez um gol típico dele: chute cruzado de fora da área. Mas os holandeses voltaram a empatar, com Xavi Simons, em nova penalidade. 

Na disputa de penalidades, Lang e Yamal perderam as cobranças. Nos chutes alternados, o goleiro espanhol Unai Simón pegou a cobrança de Malen, enquanto o meia Pedri, do Barcelona, garantiu a classificação.

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França (5) 2×0 (4) Croácia

Após sofrer 2 a 0 no confronto de ida, a França sofreu bastante para reverter o placar em Paris. Mbappé chamou a responsabilidade, mas ficou no quase o jogo inteiro. Olise, em bela cobrança de falta, e Dembélé marcaram no tempo regulamentar e a partida foi para a prorrogação. 

O goleiro Maignan pegou duas cobranças e saiu como o heroi da partida. Jogador do Milan, o arqueiro vinha sendo criticado pela imprensa italiana pela irregularidade e tem o futuro indefinido.

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Alemanha 3×3 Itália 

Em um duelo digno de multicampeões do mundo, Alemanha e Itália empataram em 3 a 3 e os alemães ficaram com a vaga por terem vencido o primeiro jogo em Milão por 2 a 1.

A Alemanha dominou o primeiro tempo e abriu 3 a 0, com Kimmich, Kleindienst e Musiala. Na segunda etapa, a Azzurra acordou e marcou duas vezes com Kean, enquanto Raspadori converteu um pênalti e deixou tudo igual nos acréscimos. Mas já não tinha tempo para a virada. 

Diego Guichard é correspondente do NSC Total em Lisboa