Começar um novo negócio pode ser um desafio. Às vezes uma grande ideia vem acompanhada de poucos recursos. É com o objetivo de dividir os custos de um escritório e compartilhar experiências com profissionais de outras áreas que surgem os espaços de coworking.

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– A empresa que está começando tem poucos recursos para investir em um escritório próprio. Ela ainda está materializando a ideia e tem um risco muito grande – explica Eduardo Mattos, sócio da SmartMob Coworking, em Florianópolis.

Os espaços são amplos e reúnem, num mesmo ambiente, profissionais de diversas áreas. Em vez de uma sala, aluga-se um espaço em uma mesa. O pagamento é feito por hora utilizada. Em geral, é procurado por pequenas empresas de tecnologia, startups, profissionais autônomos e freelancers.

Diogo Maia Moreira, sócio do Saída Vip, aplicativo para o pagamento de comandas em bares e casas noturnas sem pegar fila, conta que trabalhar em coworking foi a alternativa acessível para alavancar a empresa.

– Começamos trabalhando em casa. Para aumentar a produtividade, decidimos que precisávamos trabalhar juntos todos os dias. E era inviável alugar uma sala – justifica.

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O espaço também possibilita a troca de ideias entre os coworkers e tem o objetivo de ser um lugar para conhecer novas pessoas e proporcionar criatividade e inovação.

– Do nosso lado há uma empresa que desenvolve aplicativos. Pego opiniões com eles, compartilhamos fornecedores. Existem muitos problemas em comum e podemos tirar dúvidas uns com os outros – conta Moreira.

Os ambientes de coworking também oferecem cursos e palestras. No Vilaj Coworking são realizados encontros uma ou duas vezes por semana, a maioria pagos, com desconto para os coworkers e outros gratuitos. São atividades que, para a sócia do Vilaj, Renata Brandão Miguez, fazem parte da cultura do coworking.

– É um espaço de desenvolvimento de pessoas e projetos, uma forma de criar conversas e fomentar o empreendedorismo – comenta.

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Os cursos são oferecidos de acordo com a demanda dos profissionais e são voltados para o empreendedorismo, tecnologia, autoconhecimento e economia criativa.

Para empresas que já são mais consolidadas e que desejam um espaço mais privativo para trabalhar, uma opção é o UPspace! Coworking. O diferencial é a possibilidade de alugar, em vez de o espaço em uma mesa, uma sala e usufruir da estrutura e do clima de compartilhamento.

– Empresas acima de 4 pessoas precisam de um certo nível de privacidade. Costumo chamar de coworking corporativo, porque ainda é um espaço informal e descontraído – justifica Alexandre Santos Spengler, fundador do UPspace!

Em todas as opções, o desejo dos profissionais que optam pelo coworking é o mesmo: desenvolver-se em conjunto.

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O que é

> Escritórios onde se aluga um lugar em uma mesa e paga-se por hora de uso. O preço é fixo e o coworker tem direito a usar toda a infraestrutura do local: luz, internet, impressora e cozinha.

> O conceito desse ambiente de trabalho compartilhado surgiu nos EUA e começou a ser aplicado no Brasil em 2009.

Como é

> Ambientes amplos, descontraídos e informais.

> Valoriza-se a troca de experiências e ideias, o desenvolvimento pessoal e profissional das empresas.

Quem frequenta

> Startups, pequenas empresas de tecnologia, comunicação e design, profissionais autônomos e freelancers.

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Valores

> Em Florianópolis, de R$ 55 – plano individual para usar 10 horas por mês – até R$ 1,4 mil – três pessoas com uso ilimitado das mesas e da infraestrutura do espaço compartilhado.

> Salas privativas custam de R$ 1 mil a R$ 3 mil.

> Salas de reunião custam em média de R$ 20 a R$ 40 a hora.