Joinville terá a reinauguração de um espaço histórico para a cultura, arte e memória da cidade em 23 de maio. O foyer (salão) da Sociedade Harmonia-Lyra, além de ter sido palco para a primeira escola de balé do município, recebe regularmente os membros da Academia Joinvilense de Letras (AJL) para confraternizar e debater assuntos literários.
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Muitos moradores da cidades desconhecem a história ou a própria existência do espaço. Nos anos de 1930, a escola de balé liderada pela professora Liselott Trinks, personagem da cultura local, lançou as sementes do tradicional Festival de Dança de Joinville, através de um evento chamado Festival do Bailado, do qual participavam suas alunas e outros estudantes de dança da cidade.
A barra de balé e um dos espelhos móveis usados por Liselott Trinks em suas aulas estão intactos, bem como uma mesa da primeira Câmara de Vereadores de Joinville, cedida para a AJL.
A restauração completa do local abarcou a reforma do telhado, do forro, das paredes, do piso, do sistema elétrico e a instalação de banheiros e de um projeto luminotécnico.
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Em Joinville, Harmonia Lyra tem projeto aprovado para restauração de ala
No entanto, o principal objeto que ressurge com a repaginação do saguão é o lustre de cristais belgas, após anos longe dos olhos do público. O adorno ficou à mostra no grande salão desde a época da inauguração do prédio; porém, na década de 1980, foi trocado pelo que se encontra ali até hoje.
O espaço que será reinaugurado fica no andar superior do salão principal, de costas para os camarotes e de frente para a rua 15 de Novembro.
Espaço multiuso
Além de servir de sede para a AJL, a sala passa a ser um espaço multiuso, podendo receber tanto música de câmara, jantares e reuniões quanto servir de apoio para os eventos no salão principal.
— Este é um espaço privado de uso público. O que fazemos aqui é para a comunidade joinvilense, tanto no que se refere ao restauro quanto às atividades culturais. É um legado que recebemos dos fundadores da cidade, e nossa missão é preservar para poder legar às gerações futuras — afirma Álvaro Cauduro, presidente da Sociedade Harmonia-Lyra.
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