A operação Tapete Negro pautou a sessão desta terça-feira da Assembleia Legislativa. Após divulgação de diálogo em que o ex-prefeito de Blumenau João Paulo Kleinübing (PSD) pede que o secretário de Obras na época, Alexandre Brollo, faça um contrato com data retroativa, cinco deputados citaram o susposto esquema.

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A deputada Ana Paula Lima (PT) defendeu a exoneração do atual presidente do Badesc e ex-prefeito. Pediu também a demissão do secretário de Comunicação do Estado e antecessor de Kleinübing no Badesc, Nelson Santiago (PSD).

– Como pode um fraudador de licitação comandar o programa Juro Zero do Badesc? – disparou.

A deputada Angela Albino (PCdoB) também usou a tribuna para comentar o caso. Afirmou que a leitura dos diálogos revelam que o ex-prefeito “tratava da coisa pública como se fosse a latrina da sua casa”.

Três parlamentares defendem Kleinübing

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Outros três parlamentares, porém, defenderam Kleinübing.

– Não tenho procuração para defender o ex-prefeito João Paulo Kleinübing, mas somente a partir do momento que a Justiça mostrar que cometeu atos lesivos à sociedade passo a criticar – disse Reno Caramori (PP).

O deputado Jean Kuhlmann (PSD) afirmou acreditar em Nelson Santiago e na seriedade do presidente do Badesc. Ismael dos Santos (PSD) ponderou que o ex-prefeito talvez tenha cometido falhas processuais e administrativas, quando queria apenas apressar projetos para a cidade.

– Continuo acreditando na idoneidade de Kleinübing – afirmou Ismael.

Na Câmara de Vereadores de Blumenau, o vereador Jefferson Forest pediu assinaturas para a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar os objetos de investigação da Operação Tapete Negro.