“Aconchegada nos recortes litorâneos da terra firme e acariciada pelas águas ondulantes do oceano Atlântico, a Ilha de Santa Catarina tem exercido constante fascínio sobre os apreciadores do belo e da natureza. À semelhança das pessoas e das coisas, ela vem experimentando contínuo processo de mudança em seus espaços, seus habitantes e sua cultura.
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O centro urbano, ornamentado por centenária figueira, perde aos poucos o ar provinciano dominante no século que findou. O cenário animado pelas conversas amenas, acompanhadas de gestos afetuosos e comuns entre os que se conhecem de longa data, transforma-se num ambiente cosmopolita.
Mas essas alterações não comprometem a sedução da Ilha, registrada também na literatura local. As peculiaridades da cultura e da gente ilhoas têm sido eternizadas em textos primorosos assinados por diversos escritores.
Hoyêdo de Gouvêa Lins, autor de 18 livros publicados e um romance inédito, foi um desses escritores. Dotado de reconhecida sensibilidade poética, enalteceu em textos antológicos os encantos da ilha natal. Suas “crônicas” ilhoas representam verdadeira reverência a esse ambiente insular, evocando com sentimento os encantos e as paisagens.
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Já três anos são passados, acumulando lembranças e saudade. O escritor não mais faz seus percursos costumeiros, admirando, embevecido, a velha figueira e a catedral fronteiriça. Não mais participa dos eventos literários por elos tão apreciados. Mas, possivelmente, paira etéreo sobre o Largo Treze de Maio, local onde nasceu, em 1929, nesta abençoada Ilha de Santa Catarina.
Hoje, dia 7 de outubro, o escritor Hoyêdo completaria 84 anos de sabedoria e amor à Ilha.“