Pela primeira vez desde que foi instituído, em 2008, o Prêmio São Paulo de Literatura foi ofertado postumamente. O vencedor na categoria Melhor Livro do Ano foi Bartolomeu Campos de Queirós, autor de Vermelho Amargo, morto em janeiro. Na outra categoria, de Melhor Livro do Ano – Autor Estreante, a vencedora foi Suzana Montoro, com Os Hungareses.
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O Prêmio São Paulo é um dos mais cobiçados da ficção brasileira. Cada um dos vencedores recebe R$ 200 mil. As inscrições são gratuitas e abertas a autores e editoras brasileiras, podendo concorrer obras editadas e comercializadas entre 1º de janeiro e 31 de dezembro do ano anterior. A seleção é coordenada por um conselho curador, que acompanha o concurso em todas as suas etapas e seleciona o júri inicial e o júri final. Os jurados são críticos literários, escritores, livreiros, professores universitários e profissionais atuantes da área literária.
Vermelho Amargo, publicado na metade do ano passado pela Cosac Naify, é um romance denso no qual um narrador revisita, em primeira pessoa, as vicissitudes de sua infância, marcada pelo pai alcoólatra e pela madrasta indiferente. Com a saída dos irmãos mais velhos de casa, aumenta o desespero do personagem central. “Uma obra delicada como arame farpada”, define o diretor Gabriel Villela no texto de quarta capa.