Escritor Marcelo Carneiro da Cunha comenta fim do terceiro ano de “Homeland”

Caros leitores, pois terminou a terceira temporada de uma das séries responsáveis pelo sucesso do gênero no mundo todo. Com ela, Homeland desatou os seus nós e deixou o caminho livre para o que quer que seja na quarta temporada, o que os roteiristas devem estar achando ótimo.

No melhor estilo dos novos seriados, Homeland foi politicamente incorreta e historicamente correta, aproveitando para incorporar os novos desenvolvimentos que acontecem entre Irã e o resto do mundo nesse momento. E os criadores de Homeland deixaram a modéstia de lado. Se o Irã resolveu mudar de atitude e ficar bonzinho, isso foi graças, ora vejam, a eles.

Homeland sempre foi essa mistura de macro e micro. Grandes eventos e uma boa dose de espionagem, mesclados com o amor de nossa heroína bipolar, Carrie, por seu Brody.

No começo dessa terceira temporada a série derrapou um pouco e gastou tempo de micro-histórias com a família Brody e sua adolescente chatinha. Superada essa fase familiar, Homeland reencontrou seu estilo e ritmo, no rumo de um grande final.

Grandes finais encerram muitas coisas e abrem portas para outras. Para quem gosta de séries, a melhor notícia é que Homeland agora está livre de si mesma, e, portanto, não tem hora nem local para terminar. Aproveitem. A brincadeira recomeçou.