O escritor e psicanalista Contardo Calligaris morreu nesta terça-feira, 30, aos 72 anos.
Colunista da Folha de S. Paulo desde 1999, escreveu seu último texto para o veículo no dia 17 de fevereiro. Contardo estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, em tratamento contra um câncer. 

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A informação sobre a morte do escritor foi confirmada pelo filho, o diretor de cinema Max Calligaris. 

— “Espero estar à altura”. Diante da proximidade da morte, essa foi a frase do meu pai. Ele se foi agora — escreveu Max em uma postagem do Instagram.

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Artistas, intelectuais e jornalistas lamentam morte de Contardo

A morte do psicanalista italiano Contardo gerou uma série de comentários em sua homenagem, sobretudo nas redes sociais.

O ator, dramaturgo e diretor Otávio Martins publicou uma foto no Instagram em que aparece ao lado de Calligaris, da atriz Claudia Ohana e do ator Emilio de Mello. Os artistas trabalharam juntos na série “Psi”, que estreou na HBO em março de 2014.

“Psicanalista e escritor, Contardo era o autor de ‘Psi’, série da HBO que eu tive a honra de fazer, na primeira temporada, ao lado dos amigos Emilio de Mello e Claudia Ohana”, escreveu Martins, na legenda da foto. “Um grande cara, uma grande mente. Que tristeza.”

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“Sua inteligência e clareza, os papos na vida e no teatro, as colunas, os livros. Obrigado, Contardo. Descanse em paz”, escreveu o ator Dan Stulbach.

Vera Magalhães, jornalista e apresentadora do Roda Viva, da TV Cultura, lamentou a morte do escritor e se definiu como uma “leitora voraz” de seus textos.
“Coragem, desassombro e sabedoria numa frase final. Essas qualidades do Contardo Calligaris sempre permearam seus escritos, dos quais eu era leitora voraz e grata”, disse Magalhães.

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Petra Costa, a diretora de “Democracia e Vertigem”, documentário brasileiro que concorreu ao Oscar no ano passado, homenageou Calligaris no Twitter.
“Imagine nossa vida como uma breve passagem por um circuito de montanhas-russas. Quem atravessasse a experiência anestesiado, sem gritos, pavor e risos teria jogado fora o dinheiro do bilhete”, afirmou a cineasta.

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“Contardo era um poço de conhecimento, um humanista convicto e profundamente generoso. Tive a oportunidade de entrevistá-lo diversas vezes para o programa Dilemas Éticos da CIP. Deixa muitas saudades”, afirmou Michel Schlesinger, representante da Confederação Israelita do Brasil, em depoimento à reportagem.
“Até o último minuto, como conta o filho, ele foi genial. Que tristeza”, lamentou a jornalista Daniela Lima.

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“Em 2007, cheguei em São Paulo pata recomeçar a vida, sem emprego, coração destroçado, mas decidida a viver. Contardo Calligaris me tratou por dois anos decisivos na minha vida. Não há agradecimento possível, só admiração e saudade eternas”, contou a professora de ética e escritora de “Direito e Saúde Global: o Caso da Pandemia de Gripe A (H1N1)”.

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A diretora e atriz Mika Lins publicou no Twitter fotos do psicanalista quando jovem.
“Primeira live que fiz, lá no começo da pandemia. Inteligente, generoso e engraçado. O Brasil perde uma pessoa muito boa. Minha solidariedade aos familiares e amigos”, disse o jornalista Leandro Demori, do The Intercept Brasil.

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