O Diário Catarinense embarcou numa linha noturna de ônibus em Florianópolis nesta quinta-feira. Dentro, a sensação entre os passageiros é de que, mesmo circulando com escolta policial, o ambiente continua sendo de medo e insegurança.
Continua depois da publicidade
A reportagem saiu do Ticen às 21h50, em direção ao Bairro Tapera, num ônibus da empresa Insular. O veículo estava lotado. A Polícia Militar obrigou alguns passageiros a descer para conseguir fechar as portas e segurança.
Outros dois ônibus formavam o comboio para o Sul da Ilha. A secretária Ana Paula Ramos simbolizava o inconformismo de quem buscava o caminho de casa. Olhava para os lados a todo instante e relatava medo.
– Só o carro da polícia não significa segurança. Tenho medo que ocorra algum descontrole e alguém seja atingido com uma bala – assinalou.
O aposentado Amauri de Oliveira contou ter alterado a rotina por causa da ação da bandidagem e também estava revoltado. Simone Lopes, que estava com o filho de seis anos e uma sobrinha de seis meses, lamentou ter ficado uma hora a espera do ônibus e criticou as autoridades.
Continua depois da publicidade
– As viaturas não trazem segurança aos passageiros, só ao patrimônio das empresas – desabafou.
Com informações da repórter Ângela Bastos.