São 44 anos de história no bairro Aventureiro, centenas de moradores empregados e um legado que marca a região. Todos esses fatores foram levados em consideração na escolha da família Rodrigues em vender o supermercado para uma rede cooperativa em Joinville.
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Rafael Rodrigues, diretor executivo do supermercado localizado na principal via do bairro Aventureiro, revela que as tratativas para a venda ocorreram por um ano e meio e que o “martelo só foi batido” diante da certeza de que repassar a operação seria a melhor escolha.
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Isso porque o negócio tinha um ótimo retorno financeiro para a família e, ao longo dos últimos anos, já havia recebido diversas propostas de compra e venda. Mas, diante da popularidade e rendimento do supermercado, todas haviam sido declinadas pelos Rodrigues. ,
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Mas, além do supermercado, os Rodrigues também são proprietários de toda a área comercial construída, abrigando dezenas de lojas, e a família decidiu que esta seção merecia foco total.
— Essa escolha para nós foi bem difícil […] Mas o negócio [venda] era muito bom para a família, visto que nós focaríamos as energias neste segundo negócio que nós temos dentro desse imóvel que está inserido o supermercado Rodrigues, que é um imóvel de 46 mil metros, onde já existe um centro comercial que foi desenvolvido por conta dessa âncora. […] Chegou um momento em que essa segunda empresa, ela se transformou numa empresa tão pujante quanto o supermercado. Isso tudo começou a combinar com essa decisão de focarmos no centro comercial — conta Rafael.
Repercussão da venda do supermercado
Segundo o diretor executivo, a proposta foi refletida por muito tempo e a decisão tomada de maneira racional, levando em consideração os objetivos da família, mas também, a história do supermercado, que nasceu há 44 anos no bairro Aventureiro.
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— A gente sabia o quanto a decisão da venda repercutiria para o bairro. Até porque, diante de todo esse tempo, o que foi construído aqui não foi uma história simples de sucesso do supermercado, da operação, da empresa, mas, na verdade, da construção de muitas famílias que passaram por aqui, as que trabalharam, e as que não trabalharam, as que viveram aqui consumindo os produtos do supermercado Rodrigues. Então, realmente foi algo bem decisivo e refletido o tempo todo — comenta.
E de fato, a repercussão da venda teria impacto na vida de outras famílias, já que o Rodrigues emprega centenas de pessoas. No dia seguinte da assinatura da venda, os proprietários reuniram os funcionários na área de vendas, fizeram o comunicado da venda e anunciaram que todos que tivessem interesse seriam contratados pela rede Cooper, que comprou o negócio.
— Foi bem impactante. Nós reunimos os 166 colaboradores na área de venda e a gente passou realmente na íntegra o que aconteceu, da maneira como aconteceu, de uma forma respeitosa, com gratidão a tudo que todos fizeram para que o Supermercado Rodrigues chegasse até onde chegou — salienta Rafael.
Inclusive, a equipe da Cooper esteve presente e assumiu a fala para assegurar aos trabalhadores que eles poderiam ser contratados pela nova rede operadora. Essa informação também havia sido revelada anteriormente por um funcionário do supermercado.
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E além do setor trabalhista, o consumidor também foi impactado pela notícia da venda do supermercado.
— Não era algo que a gente pensava, vender, até porque a operação performa muito bem. Tanto que o que mais foi comentado nas redes sociais foi sobre um dos nossos setores, a padaria, que todo mundo realmente se sensibilizou muito porque gosta muito dos produtos, do atendimento, de todo o trabalho que é feito ali — destaca.
O Supermercado Rodrigues segue aberto até 31 de agosto. A partir de 5 de setembro, o local abre as portas novamente, desta vez como Cooper. Entretanto, a família segue gerenciando o centro comercial que fica ao redor do mercado.
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