A decisão do juiz agrário Rafael Sandi em dar entrevista, as 16h de hoje, na sede do Comando da Polícia Militar de Santa Catarina, ao lado do comandante-geral, coronel Nazareno Marcineiro, não foi bem aceita pelas lideranças da Operação Amarildo. Para os integrantes do movimento o local deveria ser neutro, pois significaria a mesma coisa se o magistrado escolhesse o terreno onde está o acampamento nas margens da SC-401, so Norte da Ilha, para falar do que ocorreu ontem.
Continua depois da publicidade
_ A gente vem tentado respaldar a justiça agrária como uma instância que poderia mediar o conflito. Ficamos apreensivos com essa situação_considera Rui Fernando, um dos líderes.
O juiz Rafael Sandi falou com o Diário Catarinense:
_ A força policial foi solicitada por causa de que havia obstrução da ordem pública e pela nova invasão. Na coletiva vamos tratar exclusivamente do que ocorreu ontem.
A avaliação negativa começou na tarde de sábado, quando consideram que a pedido do juiz tenha ocorrido uma “investida” da polícia na área do acampamento. Rui Fernando reconhece que nova área estava sendo ocupada (terreno ao lado), mas diz que isso não significa descumprimento de acordo.
Continua depois da publicidade
Além de reclamar da estratégia do juiz, Rui Fernando também criticou o que considera omissão do governo do Estado. Para ele, se houvesse alguma violência o governo Raimundo Colombo, autoridade suprema, deveria ser responsabilizado.
_Vamos aguardar o que for falado na coletiva do juiz e do comandante da PM para depois nos posicionar oficialmente_ diz Fernando.