A Vigilância Sanitária iniciou na segunda-feira uma vistoria pelas escolas de Joinville e, para surpresa da fiscal Lia Abreu, as escolas estaduais interditadas no fim de 2011 ainda não começaram a passar por reformas.

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Segundo ela, pelo menos cinco das visitadas, não poderão receber os alunos a partir de 14 de fevereiro, quando está previsto o início do ano letivo na rede.

– Eles tiveram as férias para providenciar os reparos e não vou aceitar justificativas-, avisa.

Três destas unidades foram totalmente interditadas em dezembro, devido a problemas de infiltração, falta de instalações elétricas e esgotamento sanitário adequados. É o caso da escola Francisco Eberhardt, em Pirabeiraba, que foi lacrada duas vezes em 2011.

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– Depois que interditamos em maio, a escola só foi reaberta graças aos pais, que custearam a reforma, porque o Estado mesmo não fez nada-, diz a fiscal.

Mas a reforma paliativa não foi suficiente para sustentar a situação da escola, onde os banheiros entopem constantemente.

– A fossa-filtro é muito pequena para o atual número de alunos da escola (cerca de 320)-, explica Lia.

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Entre as escolas totalmente interditadas estão também a Monsenhor Sebastião Scarzello, no Itaum, e a Maria Amin Ghanem, no Aventureiro. Nestas, o principal problema são as goteiras, que comprometem o forro e as instalações elétricas.

– As luminárias estão enferrujadas e quando chove a água escorre pela fiação elétrica, podendo causar curtos-circuitos-, alerta.

Na escola Maria Amin Ghanem as infiltrações atingiram também o piso de madeira. Os tacos que apodreceram foram retirados e substituídos por cimento.

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– Não passa de mais uma maquiagem para reabrir a escola sem realizar as obras necessárias-, acrescenta a fiscal.

Já a Giovani Pasqualini Faraco, no Santo Antônio, teve os banheiros interditados, e na Plácido Olímpio de Oliveira, no Bom Retiro, os sanitários e a cozinha precisam passar por reparos.

– Não vou permitir que as aulas iniciem nessas escolas antes que o governo do Estado tome providência-, diz.

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Na Plácido Olímpio de Oliveira, os móveis novos para o refeitório até já chegaram.

– Mas de que adianta se o teto tem cupim e esses farelinhos podem cair na comida.

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