Escolas desfilam sete horas de samba, cor e energia em Florianópolis

Foram sete horas, até mais, de desfiles na Passarela Nego Quirido em Florianópolis. Cinco comunidades da cidade apresentaram os resultados de um ano inteiro de trabalho entre a noite de sábado e a madrugada de domingo, com samba, cores, cultura e energia.

A decisão fica agora nas mãos dos jurados. A apuração das notas é na segunda-feira, às 15h, e, na terça, as campeãs de 2010 voltam à passarela.

Consulado

A Consulado foi a encarregada de abrir os trabalhos, precisamente às 22h26min de sábado. O foguetório anunciou a entrada da escola, que trouxe como tema os bombeiros no enredo Guerreiros Vermelhos, Heróis a Serviço da Vida.

Nem a falha do carro de som derrubou o ânimo dos integrantes, que seguraram o samba na própria voz. Carros, fantasias e alegorias retratavam o fogo, resgatando a história do elemento desde sua descoberta pelo homem.

União da Ilha da Magia

Em seu segundo ano como escola, a União da Ilha da Magia deu sequência aos desfiles na passarela. Não faltou verde, branco e dourado, cores oficiais da agremiação, para colorir a pista da Nego Quirido.

O abre-alas indicava o início da viagem do enredo A Magia dos Deuses. A gaivota, que chegou acompanhada da esfinge egípcia, sobrevoou as mitologias da Antiguidade, das civilizaçãos greco-romanas, Índia e África, e pousou no Brasil.

Protegidos da Princesa

O passeio na história continuou com a Protegidos da Princesa, que voltou ao momento da criação do universo. A vovó do carnaval ilhéu apresentou o enredo Um Grito em Favor da Vida: Energia Renovável, e mandou a mensagem de esperança com o parto de um novo mundo, encenado em plena passarela.

Chamou a atenção a Furiosa, bateria da escola, cujos integrantes se fantasiaram de corações. Grandes esculturas e movimentos marcaram as alegorias da agremiação sessentona.

Embaixada Copa Lord

A penúltima escola a entrar na avenida foi a Embaixada Copa Lord, com o samba-enredo Marrakech – O fantástico mundo mágico na terra do sol poente. Sultões, monges, escravos e outros personagens da história do país africano apareceram no desfile.

Além de levar ilusionistas para realizar truques na pista, a escola teve uma ala que exalou cheiro de flor de laranjeiras. O momento mais marcante do desfile, no entanto, ficou por conta da bateria, que parou de tocar, abaixou e beijou o chão, remetendo à tradição muçulmana.

Coloninha

Encerrando a noite, pouco antes de o sol despontar, a Unidos da Coloninha apresentou o samba-enredo África: do berço do mundo, ao grande cenário do futebol, inspirado na Copa do Mundo de 2010.

A campeã de 2009 teve problemas no desfile desse ano, com a queda de parte de uma das alegorias. Uma integrante ficou ferida. A evolução continuou com o carro em homenagem a Nelson Mandela e aos países que disputam o torneio mundial.

Eram 5h57min quando a Unidos da Coloninha deixou a pista, encerrando o desfile das escolas de samba de Florianópolis, assistido por cerca de 30 mil pessoas na passarela.

Na terça-feira, as melhores escolas do Carnaval 2010 de Florianópolis voltam à Nego Quirido, já consagradas. Até lá, fica a lembrança do espetáculo desta noite.

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