A insegurança em relação ao Carnaval de 2014 toma conta mais uma vez das escolas de samba da Capital. Após a decisão de suspenderem todas as atividades desde a noite de quarta-feira, a Liga das Escolas de Samba de Florianópolis (Liesf) segue aguardando uma posição sobre o repasse do Governo do Estado. O presidente da Liesf, Zeca Machado, diz que o eles precisam é de uma resposta de quando e quanto será o repasse:
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– Esta reunião que falam entre a Prefeitura e o Governo está para acontecer desde o ano passado, mas o Carnaval se aproxima. As escolas decidiram parar porque tudo é despesa, e sem dinheiro não tem como pagar – disse.
Até o momento as cinco escolas do grupo especial receberam somente repasses da Prefeitura, duas parcelas de R$ 100 mil cada uma e a próxima está programada para fevereiro. Segundo Zeca, o valor esperado é em torno de R$ 500 mil.
– Nem penso na possibilidade de não ter o Carnaval, pois já está tudo encaminhado, mas precisamos de uma manifestação logo do Governo – destacou.
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Segundo a Secretaria de Estado da Comunicação, a decisão sobre o realização do Carnaval cabe a Prefeitura de Florianópolis. Uma reunião entre o prefeito e o governador está marcada para sexta-feira, mas o Carnaval não está na pauta.
Na noite de quarta-feira, o secretário de Turismo, Cultura e Esporte, Valdir Walendowsky não descartou o repasse, mas disse que era uma questão de alinhar o os ponteiros com o poder municipal. A reportagem não conseguiu contato com o secretário na manhã desta quinta-feira.
Veja a posição das escolas:
União da Ilha da Magia – presidente Joel Costa Junior
A decisão foi tomada em conjunto pela Liga, pois chegamos no nosso limite. Já temos vários compromissos, e estamos com bastante coisa adiantada, mas sem dinheiro não temos como continuar. Toda a comunidade está decepcionada e insegura de ficar mais um ano sem carnaval, e o que nos deixa chateados é ver outros eventos privados recebendo dinheiro do Governo.
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Consulado do Samba – presidente Valcione Furtado
De acordo com presidente Valcione Furtado, a vinda de Viviane Araújo está confirmada, e na pior das hipóteses acredita que vão ter que fazer uma readequação do que vão mostrar na avenida e buscar alternativas para pagar as dívidas.
Protegidos da Princesa – presidente Moacyr Gomes
A reportagem não conseguiu contato com o presidente Moacyr Gomes na manhã desta quinta-feira.
Unidos da Coloninha – presidente Luciano Pereira Baracuhy
A reportagem não conseguiu contato com o presidente Luciano Baracuhy na manhã desta quinta-feira.
Embaixada Copa Lord – Presidente Marcelo Marcos Cardoso
Temos 65% das coisas prontas, mas é impossível continuar sem dinheiro. Temos que pagar a mão de obra do pessoal para trabalhar, mas já estamos atolados em dívidas. A comunidade toda está revoltada, considera uma falta de respeito faltando tão pouco para o Carnaval.