Para evitar a vergonha que ocorreu em dezembro de 2012, quando 18 escolas de Joinville foram interditadas pela Vigilância Sanitária, as equipes de gestão da área de educação planejaram um cronograma de obras para pelo menos tentar melhorar as condições das escolas. A Secretaria Municipal de Educação começou os trabalhos de manutenção assim que acabaram as aulas, em 17 de dezembro.
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Nas unidades estaduais, o período de obras – aquelas que ainda eram exigidas nas interdições do ano passado – se encerrou. Cinco escolas continuam sendo reformadas e ampliadas e quatro delas devem abrir as portas em fevereiro de 2014.
Neste fim de 2013, diferentemente do ano passado, a Vigilância Sanitária não realizou vistoria pelas escolas de Joinville. Mas, em fevereiro, o usual check-up na infraestrutura deve ocorrer, afirmou a fiscal sanitarista Lia de Abreu.
– A Prefeitura nos entregou o cronograma de manutenção. A SDR (Secretaria de Desenvolvimento Regional) relatou o andamento das obras nas escolas. É cedo para dizer se vamos ter alguma escola interditada. Precisamos ver como vão ficar estas melhorias – observou Lia.
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Apesar de contar com nove unidades interditadas em 2012, as escolas e centros de educação infantil (CEIs) de responsabilidade do município têm os menores problemas. Em 2013, antes de começar o ano letivo, todas as reformas estavam prontas e os alunos puderam voltar normalmente às aulas.
Problemas visíveis
Apesar disso, ao longo do ano letivo, houve fiscalização da Vigilância em escolas como o Caic Professor Desembargador Francisco José Rodrigues de Oliveira, no bairro Comasa, e Professora Isabel Maria Machado, no Jardim Sofia. Elas foram reabertas nos dias seguintes, mas deixou o problema visível: era preciso melhorar ainda mais.
Segundo a gerente administrativa da Secretaria de Educação de Joinville, Rosane Mebs, neste ano foram gastos cerca de R$ 3 milhões em manutenção nas escolas.
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Entre grandes e pequenas reformas, 73 das 143 unidades receberam obras.
Ainda em dezembro, por exemplo, a Prefeitura entregou uma renovada Escola Maria Thereza Mazzolli Hreisemnou, no Jardim Paraíso. A unidade abrigará no ano que vem 970 alunos.
O CEI Pequeno Mundo também foi reformado e ampliado. O investimento foi de cerca de R$ 960 mil.
Atrasos e esclarecimentos nas escolas estaduais
Poderíamos terminar o ano de 2013 com uma boa notícia: a abertura da Escola Estadual Osvaldo Aranha, no bairro Glória, que foi interditada em 2012 e passou o ano inteiro em reforma de ampliação. Mas o tempo ruim e a demora de entrega de documentos atrasaram as obras. A expectativa é de que em 13 de fevereiro, no primeiro dia do ano letivo da rede estadual, ela seja novamente aberta. Neste dezembro, as obras ocorrem em ritmo acelerado. Mas o cenário assusta. Há muito o que ser feito.
Das nove escolas estaduais interditadas no ano passado, ainda a Maria Amin Ghanem (Aventureiro) e Annes Gualberto (Iririú) continuam parcialmente interditadas. Reformas de emergência liberaram apenas algumas salas no 2º semestre deste ano. De acordo com a gerente regional de Educação, Dalila Leal, elas serão totalmente reabertas em fevereiro, para as aulas.
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A Plácido Olímpio de Oliveira (Bom Retiro), reaberta por meio de uma liminar na Justiça, vai passar por reforma geral. Os alunos vão ficar na Léa Lepper. A Francisco Eberhardt (Pirabeiraba), que está fechada desde 2011, afirma a SDR, será reaberta em fevereiro.
A Escola Conselheiro Mafra (Centro) teve seu futuro definido no final de outubro. O Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) vai assumir o prédio centenário a partir do ano que vem. O espaço será dividido entre as últimas turmas do ensino médio da unidade, Pronatec e as aulas do IFSC.
A Monsenhor Sebastião Scarzello, fechada desde 2011, foi alvo de vândalos e, agora, deve ser transformada em unidade municipal. Em princípio, a secretária de Desenvolvimento Regional, Simone Schramm, havia mostrado interesse em a Ajorpeme assumir o espaço, oferecendo aulas e cursos a jovens carentes. Após protestos de moradores, a Prefeitura avaliou o que poderia ser feito no local.
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– A comunidade manifestou interesse que o município retomasse a questão da Monsenhor. Fizemos uma pesquisa e vimos que existe demanda para ensino fundamental. O que precisamos ver é a forma como ocorrerá a transferência – disse Roque Mattei.
Ensino médio inovador
Para o ano que vem, será implantando o ensino médio inovador em quatro unidades: Arnaldo Moreira Douat, Tufi Dippe, Jandira D?Ávila e Nagib Zattar. As escolas vão receber salas de laboratório, auditórios e quadras cobertas. Duas novas escolas também devem começar a ser construídas no Parque Guarani e no Vila Nova.