Jaraguá do Sul atingiu, em 2011, uma meta na educação básica que o País prevê alcançar só daqui a nove anos. O avanço foi confirmado pelos dados do Índice Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado pelo Ministério da Educação

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. Enquanto o objetivo do Brasil é chegar à média 6,0 nas séries iniciais apenas em 2021, a cidade já alcançou 6,1, considerado uma conquista pela Secretaria Municipal de Educação. A média em SC foi de 5,7 e no Brasil, 4,7.

No sistema municipal, a média mais alta foi da Escola Atayde Machado, no bairro Czerniewicz. O bom desempenho colocou a instituição como a terceira do Estado entre as séries iniciais, de 5ª a 8ª série.

A diretora de ensino fundamental da Secretaria de Educação, Sirley Schappo, acredita que o avanço é consequência do projeto de formação continuada dos professores.

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– Avançamos meio ponto em relação a 2009, quando o índice foi de 5,6. Queremos aumentar meio ponto a cada prova aplicada -, destaca Sirley.

Nas séries finais, o destaque ficou com as escolas Cristina Marcatto, no Jaraguá Esquerdo, que conquistou a terceira posição, e a Luiz Gonzaga Ayroso, no Jaraguá 84, que ficou em quarto lugar.

O secretário de Educação, Silvio Celeste, acredita que a participação dos pais ajudou a fazer a diferença.

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– Em todas as escolas que tiveram os melhores desempenhos, percebemos que a maioria dos pais participam da educação dos filhos. Pequenos gestos como olhar o caderno e conferir se a mochila está organizada fazem a diferença no futuro do aluno – ressalta Silvio.

Nas séries finais, Jaraguá chegou ao índice 5,4, superando a média de Santa Catarina (4,9) e do Brasil (4,1). Há dois anos, a nota foi 5,2. Para Sirley, o crescimento menor no índice se explica pela dificuldade maior das matérias e pelo próprio comportamento dos adolescentes, que descobrem outros interesses além da escola.

– Nesta fase, os pais também costumam acompanhar menos a vida escolar dos filhos, o que é um erro. É necessário que o envolvimento seja tão grande quanto nos primeiros anos -, comenta Sirley.

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Segredo no incentivo à leitura e escrita Na Escola Atayde Machado, que obteve a melhor média no Ideb entre as séries iniciais de Jaraguá, o incentivo à leitura e à escrita é apontado como o caminho para um bom resultado nos estudos.

A instituição, que atende 235 alunos do pré ao 9º ano, alcançou o índice 7,5. Há dois anos, foi bem mais baixo: 6,0. Para o diretor Luís Fernando Olegar, o aumento é resultado de um trabalho de longo prazo realizado pelos pais e professores.

– Incentivamos a leitura todos os dias e temos um bom acervo de literatura na biblioteca. A Associação de Pais e Professores (APP) sempre nos ajuda quando precisamos comprar livros novos -, comenta.

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Um dos projetos de incentivo à leitura é realizado pela professora do 4º ano, Leila Beatriz Piltz. Ela pediu aos alunos que produzissem livros com a releitura da fábula “O Leão e o Rato”.

– A cada bimestre, eles fazem um livrinho. Nesse processo de criar a história, eles se tornam mais críticos e interpretam melhor o que leem -, comenta.

Mesmo com pouca idade, Laura Dias Pereira, nove anos, já tem o hábito de ler.

– Achei bem fácil fazer o trabalho. Gosto de histórias de aventura e todo dia tiro meia hora para ler um livro -, diz a aluna.

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Na rede estadual, 13 das 18 escolas foram avaliadas pelo Ideb em 2011. A que obteve a melhor média foi a da Professor José Duarte Magalhães, na Barra do Rio Cerro, com 6,9 nas séries iniciais. Em 2009, ano do último Ideb, a escola com 1,1 mil alunos teve como índice 6,3.

A diretora, Rosangela Kreutzfeldt atribui o bom desempenho à dedicação dos professores para esclarecer as dúvidas dos alunos e também ao contato com os pais.