Após análise técnica, a Defesa Civil de Florianópolis considerou que a escola estadual Júlio da Costa Neves, no bairro Costeira do Pirajubaé, pode voltar a receber alunos. O espaço foi interditado administrativamente pela Secretaria de Estado da Educação (SED) depois do pátio da unidade sofrer um “afundamento”.

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Inaugurada em 2014, a unidade na Capital atende cerca de 900 alunos de turmas de Ensino Fundamental e Médio. Ela passou por obras de reparo em 2016 e dois anos mais tarde foi interditada. A reabertura aconteceu após reformas, mas os problemas voltaram a aparecer.

Segundo o agente da Defesa Civil Marcos Roberto Leal, o espaço foi vistoriado na última semana e uma interdição temporária foi feita. No local, foram identificados, segundo Leal, problemas no pátio e no auditório. O espaço em torno do prédio onde ficam as salas de aula também sofre com solapamento — afundamento do solo.

– Nesse momento, a volta dos alunos é possível desde que sejam feitos isolamentos dos locais com risco para o uso – afirma.

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Ele explica que o órgão segue monitorando o local e que tapumes devem ser usados no isolamento dos espaços. O relatório da Defesa Civil deve ser entregue à SED ainda nesta segunda-feira (19).

Mesmo com a avaliação da Defesa Civil a retomada das aulas será considera após outra perícia técnica, ainda em fase de contratação pela SED.

Secretaria Estadual de Educação tem plano B

O secretário de Estado da Educação, Luiz Fernando Vampiro, esteve na escola estadual nesta segunda-feira. Vampiro afirmou que o setor administrativo da unidade será transferido para um local próximo. Enquanto aguarda laudos, Vampiro já planejou opções para recepcionar os alunos.

– Se a perícia falar que é rápido e vale uma reforma imediatamente até o segundo semestre, nós efetivamente vamos contratá-lo de forma emergencial. Se não há como fazer essa reforma em um curto espaço de tempo, nós temos uma possibilidade que é a alternativa de uma escola modular como tem no Norte da Ilha de Santa Catarina. Doze salas aqui no antigo terreno onde estava situada a escola – explica o secretário.

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Diretora da unidade há seis anos, Kátia Ribeiro lembra que o espaço foi reformado em 2018, quando parte do prédio cedeu. As áreas afetadas foram a sala de matemática e a biblioteca. A secretaria da escola também foi interditada na ocasião por questão de segurança.

Segundo diretora, reforma no pátio é requerida desde 2018
Segundo diretora, reforma no pátio é requerida desde 2018 (Foto: Secretaria de Estado da Educação, Divulgação)

– A nossa escola foi interditada de agosto a dezembro de 2018. Nesse período que ela ficou interditada, passou por uma reforma pela empreiteira que construiu a escola – relata Kátia.

O pátio da unidade, segundo Kátia, já tinha problemas desde essa época. Parte das lajotas cederam e a reforma seria feita em novembro de 2018. Contudo, o trabalho acabou não sendo realizado, o piorou a condição do espaço.

– Nosso problema é a questão do pátio central. Por que nós temos em torno de 950 alunos em três turnos. São crianças de seis, adolescentes de 18 anos, cadeirantes, deficientes visuais [que circulam] naquela área do pátio ali – pontua a diretora.

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As atividades presenciais com alunos ainda não foram retomadas na unidade. O que acontece é a retirada de tarefas, atestados e demais demandas, com acesso de alunos e pais ao pátio da escola.

Comunidade pede solução

A presidente da Amocop (Associação de Moradores da Costeira do Pirajubaé), Sandra Maria Raimundo, considera que o fechamento da escola é motivo de preocupação. Para ela, uma ação já deveria ter sido tomada.

– A gente pede que o governo estadual, a Secretaria da Educação, tenham um olhar mais apurado em relação a isso para que se resolva o quanto antes porque a comunidade da Costeira já está sofrendo muito. As crianças que estudavam no Anísio [Escola Municipal Professor Anísio Teixeira] foram para o Júlio. Agora também o Júlio se encontra nessa condição. Um ano aí parado, isso poderia já ter sido resolvido – diz a presidente.

A escola Escola Municipal Professor Anísio Teixeira foi interditada em maio de 2019. O local tinha rachaduras em vigas, sapatas, pilares e paredes Segundo a Defesa Civil, isso caracterizou movimentação da estrutura predial, que está num terreno de encosta, oferecendo risco aos alunos e estudantes.

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