Ansiedade e emoção acompanham os dançarinos do Programa Dançando na Escola do Colégio Municipal Governador Pedro Ivo Campos, no bairro Costa e Silva. Os sentimentos são compartilhados com a professora e coreógrafa Elisiane Wiggers, de 41 anos, e vêm desde o ano passado quando eles ficaram com o primeiro lugar na categoria Danças Populares – Conjunto Júnior do Festival de Dança.

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Como foram os melhores, esse ano eles nem precisaram passar pela seletiva e garantiram espaço na terceira noite competitiva, dentro do mesmo gênero, mas com equipe renovada.

– Alguns passam a idade da categoria, que é de 13 e 14 anos, e precisam ser substituídos por novos alunos que entram no grupo -, diz Elisiane, que está ensaiando com 34 alunos, dez a mais que no ano passado.

Formada em educação física e com especialização em dança, Elisiane é do Sul do Estado, mas está em Joinville há 30 anos. Com o projeto Dançando na Escola, ela trabalha há mais de dez anos e se diz recompensada por mudar a história de dezenas de adolescentes que já passaram pelo projeto. No Festival de Dança, a trupe de

Elisiane já esteve mais de quatro vezes, só na Mostra Competitiva. Todos os anos, ela se preocupa em mostrar uma coreografia diferente e sente nos ombros o peso de ser campeão 2010.

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– É muito bom não precisar passar pela seletiva, mas também é uma grande responsabilidade. Sei que as pessoas ficam esperando muito de nós e por isso dedicamos tempo com ensaios, pesquisa e confecção de figurino e acessórios -, conta ela que foi até Campina Grande, na Paraíba, buscar inspiração para a coreografia “Noite de São João”.

Em uma mistura das quadrilhas das festas de São João, tradicionais naquele estado, Elisiane montou uma dança que homenageia a Paraíba e resgata a cultura das danças populares brasileiras.

– Gosto de falar da nossa cultura com eles. Além de mostrar a dança, de melhorar a desenvoltura dos alunos, o projeto ajuda nessa parte cultural e mostra o quanto eles podem receber de conhecimento -, acredita Elisiane, que considera o projeto “um divisor de águas” na vida de muitos participantes.

– Eles poderiam estar na rua, poderiam estar na frente da televisão, mas não. Estão dançando, aprendendo sobre cultura, interagindo com os colegas. Digo com certeza que esse projeto só tem feito bem para esses meninos e meninas.

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