– Os problemas se agravaram depois da última interdição que ocorreu em agosto do ano passado -, assim descreveu a fiscal da Vigilância Sanitária, Lia Abreu, que interditou por completo a Escola Estadual Conselheiro Mafra, na tarde de desta quinta-feira.

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Esta é a quinta interdição desde 1999. A unidade completou o centenário no ano passado e desde então aguarda por uma restauração.

Segundo a fiscal sanitarista, a estrutura da escola está completamente comprometida e oferece risco para a vida dos alunos, versão que é contestada pela Gerência Estadual de Ensino.

– Não se salva nada, nem pisos, janelas, portas, cobertura e instalação elétrica -, avaliou a fiscal.

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Ela afirma que esperou um ano pela promessa de restauro da unidade. Como o prazo não foi cumprido, a Vigilância fechou as portas da escola mais uma vez.Na última interdição, em agosto do ano passado, a Secretaria de Estado de Educação conseguiu, por meio da Justiça, garantir as aulas na unidade, pois, segundo os engenheiros da Secretaria de Desenvolvimento Regional, a estrutura não apresentava risco.

A gerente regional de ensino, Clarice Portela, recebeu a notícia da interdição com a diretora aos prantos.

– Acho uma intransigência da Vigilância Sanitária a forma como atua, coagindo os nossos diretores. Ela não tem autoridade para dizer se a estrutura vai cair ou não -, desabafou Clarice.

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A gerente contesta o laudo da Vigilância, pois acredita no parecer do engenheiro civil da SDR.

Planejamento

De acordo com a gerente, existe um planejamento para a reforma das escolas que inclui a Conselheiro Mafra. As unidades com mais urgência foram as primeiras atendidas. Cerca de R$ 2 milhões foram disponibilizados para a reforma da Francisco Eberhardt, em Pirabeiraba, R$ 2,7 milhões para a Osvaldo Aranha, no bairro Glória, e R$ 1,7 milhão para a Prefeito Higino Aguiar, em Araquari. Mais R$ 1,5 foram destinados à manutenção de todas as unidades da região Norte.

As Escolas Plácido Olímpio Oliveira, no bairro Bom Retiro, Felipe Schmidt, em São Francisco do Sul e Conselheiro Mafra, no Centro, são as próximas unidades a serem atendidas de acordo com o cronograma da Secretaria de Estado de Educação.

A Gerência de Ensino irá se reunir com o secretário regional da SDR na segunda-feira para discutir o que fazer com os 550 alunos da unidade interditada.

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– Não temos espaço físico em Joinville para transferir esses alunos. Precisamos encontrar uma forma de desinterditar -, concluiu Clarice.

Como a interdição ocorreu na tarde de quinta-feira, as aulas do turno da manhã não serão suspensas na segunda-feira, pois não houve tempo de avisar os alunos.