A diretora da escola de Curitibanos onde um aluno de 13 anos agrediu o professor de matemática na segunda-feira está estudando as medidas que irá tomar em relação ao caso. O objetivo é que o colégio dê apoio ao professor e também garanta a integridade do adolescente. O caso de violência física é inédito na escola, por isso ainda há dúvidas sobre as ações que devem ser realizadas.

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Conforme a diretora da unidade, manter o adolescente na escola tornou-se inviável após o caso de agressão. O colégio está em contato com a família e o conselho tutelar para estabelecer as medidas após o caso e decidir se há possibilidade de o aluno ser transferido para outra escola.

— A comunidade escolar nos cobra que ele não volte, porque a situação ficou insustentável. Mas é claro que a gente não vai simplesmente dizer que não quer mais ele na escola. Primeiro vamos tentar, se for o caso, arrumar outra escola pra ele. A gente sempre preza pela integridade do aluno. O que ele não pode é ficar de fora da escola — comenta.

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Ela também comenta que o adolescente se recusava a fazer atividades e cumprir regras, inclusive em relação ao uso do uniforme. O problema de indisciplina fez ele ser transferido entre diversas escolas e convidado a se retirar em duas delas. Na semana antes da agressão, outros três professores da unidade relataram problemas com desacato do adolescente.

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Já para apoiar o professor Jhonny Tessari, de 29 anos, será organizada uma manifestação até sexta-feira. O objetivo é reunir professores, alunos, pais e a comunidade escolar para realizar dois atos, sendo um no período da manhã e outro à tarde. Além da defesa do professor, haverá também protesto sobre os sucessivos casos de depredação que ocorrem na escola — que chegou a ter uma sala incendiada no último fim de semana.

Ação para valorização dos professores

O secretário municipal de Curitibanos, Kleberson Luciano Lima, afirma que ainda será realizada na quarta-feira uma ação contra a violência na única escola e creche do bairro. O objetivo é propor um trabalho pedagógico para aumentar a auto-estima e valorizar o trabalho dos docentes. Também haverá uma reunião com os professores e membros da comunidade escolar para definir ações para evitar casos assim.

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