Depois que parte do forro de uma das salas de aula e do refeitório da Escola Estadual Maria Terezinha Garcia, no Monte Alegre, em Camboriú, caiu sobre os alunos na manhã da segunda-feira, o Corpo de Bombeiros de Balneário Camboriú fez uma vistoria no local nesta terça e decidiu interditar preventivamente a unidade. Ninguém ficou ferido no incidente, que teria ocorrido em função de uma ventania.

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O tenente do Corpo de Bombeiros, Marcus Vinícius Abre, esteve no local e relatou que a direção da escola foi quem acionou a equipe para avaliar a segurança da estrutura. Os bombeiros decidiram isolar a área e solicitaram a apresentação de um laudo estrutural da edificação.

– A forração das salas de aulas era do mesmo material (PVC), então por uma medida preventiva fizemos a interdição de todas as salas e do refeitório, pois constatamos que havia risco de cair mais. Também notificamos a diretoria para iniciar o processo de regularização do sistema preventivo contra incêndios – explica.

Um professor da escola, que não quis ser identificado, conta que fazia algum tempo que o forro ameaçava cair. Segundo ele, uma das salas já estava sem a forração e chegava a chover dentro.

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– Ninguém ficou ferido, mas acumulou muita sujeira e caiu numa aluna especial, que ficou assustada – relata.

O professor explica ainda que os estudantes ficaram indignados com a situação precária da escola e estão organizando uma manifestação nesta quarta-feira em frente ao colégio, a partir das 8h30. A diretora da instituição, Sandra Niebermaier, também confirma os problemas na infraestrutura:

– Nossa edificação é antiga, a última grande reforma foi em 2008. O primeiro ofício do ano foi solicitando os reparos no forro, em fevereiro a forração de uma das salas caiu e a gerência retirou tudo. Me disseram que estavam aguardando o recesso para fazer o reparo em todas as salas – argumenta.

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A escola atende 730 alunos, do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio, com aulas nos três turnos.

Férias antecipadas

A secretária interina da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR), Eliane Rebello, informou que os problemas na infraestrutura da escola já eram conhecidos pelo órgão e que um projeto de reforma estava em elaboração. Eliane afirma que o projeto seria finalizado ainda nesta terça e encaminhado quarta-feira para a Secretaria de Estado de Educação, que deve liberar os recursos para as melhorias em caráter emergencial.

– Acreditamos que na próxima semana devemos iniciar a obra. O projeto vai contemplar as áreas comprometidas, principalmente o telhado e a rede elétrica, além do projeto preventivo exigido pelos bombeiros. A obra deve custar em torno de R$ 400 mil – avalia.

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Para minimizar o impacto sobre os estudantes, as férias escolares de julho serão antecipadas para a próxima segunda-feira e os cinco dias perdidos vão ser recuperados.

– No fim das férias queremos estar com a parte das salas prontas para atender os alunos e depois fazer o projeto preventivo – informa.