– A comunidade estáde volta à escola -, afirma o presidente da Consulado, Valcione Furtado. Ele tem na força do povo consulense o principal trunfo que pode levar a agremiação ao tíulo. Para o desfile, as expectativas são as melhores possíeis.

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– Faremos um espetáulo colorido e grandioso -, garante Valcione.

A Consulado irá entrar na Passarela Nego Quirido com 2 mil componentes. O estandarte estaránas mãs da porta-bandeira Stephany, cortejada pelo mestre-sala Wallace. O samba-enredo Ashantis – Os filhos de Akan e a força que vem do berço leva ao púlico um pouco da históia do grupo énico sul-africano.

O grupo de jovens que virou escola

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A históia da Consulado começa em 1976 , quando um grupo de jovens empregados da Eletrosul, recém transferidos do Rio de Janeiro, deram o nome de Consulado do Samba a um grupo formado para animar confraternizações. Para o carnaval de 1977, o grupo virou bloco para participar do concurso, que acontecia perto do Mercado Púlico. A cada ano o número de componentes aumentava, e em 10 anos de existêcia o Consulado do Samba conquistou 10 campeonatos e o tíulo de hors concours do Carnaval. A principal mudança veio em 5 de maio de 1986. Foi fundado nesta data o Grêio Recreativo Escola de Samba Consulado. O primeiro dos seis campeonatos veio em 1991.

ENREDO

Ashantis – Os filhos de Akan e a força que vem do berço

Compositores: Victor Alves, Tabajara Ortiz, Wilson da Silva e Marlon Laurindo

Autor do Enredo: Jhean Fabio Nascimento

Dizia o som do tambor, feito um grito de guerra

Que, um dia, banhada de ouro, floria a terra

E o povo… batalhava por um sonho em “expansão”

A arte… se “talhava” sentimento em suas mãos

Entre douradas florestas

Se manifesta o sobrenatural

A natureza em orquestra

Encontra em Nyame a cura pro mal

O tambor a falar… do amanhã

Cuide bem dessa boneca para ser seu talismã!

O tambor a falar… vem ouvir

Trago um enfeite de ouro pra te ver sorrir!

Cultivar… na teia que Anansi teceu

Ver florescer a tradição e estampar um sonho seu

Tingindo em seda a riqueza

Nas cores da realeza

E o tamborete de ouro de seus ancestrais

(Guerreiros não morrem jamais!)

Da Europa, a ganância cruzou o mar pra encontrar

O tesouro sagrado… e fez meu império chorar

Valente… meu povo montou guarda e resistiu!

Das bravas guerreiras, coragem se viu

Hoje tua saga é história

Na floresta, ainda ecoam suas glórias

Corre no sangue o batuque… firma na palma da mão!

Sou Ashanti do Caeira… levanto a poeira do chão!

Renasce a raiz numa nova era

Eu sou Consulado que não se entrega!