A semana começa com notícia otimista aos moradores da Grande Florianópolis, que nos últimos dias enfrentam problemas com a falta d’água. A previsão de pancadas de chuva deve melhorar o nível dos rios, como o manancial de Pilões, principal fonte de fornecimento para Florianópolis, São José, Palhoça, Biguaçu e Santo Amaro da Imperatriz.
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Além disso, a temperatura não deve subir muito. Assim, o abastecimento pode normalizar. Essa é a aposta da Casan. A escassez de chuvas e as altas temperaturas no início do mês foram alguns dos motivos para o déficit no abastecimento. Bairros como Sambaqui, Barra do Sambaqui e Santo Antônio de Lisboa, na Capital, tiveram problemas, assim como pontos em São José, Palhoça, Biguaçu e Santo Amaro.
Na casa de Maria de Lurdes Marques, 58 anos, na Servidão Adir Bittencourt, na Barra do Sambaqui, em Florianópolis, a água tem que ser equilibrada durante o dia. A funcionária pública, que mora com o neto de 21 anos, disse que o abastecimento da caixa começa pelas 21h, porém, perto das 10h do dia seguinte, as torneiras logo secam.
Quando precisa lavar um tapete, a louça ou tomar um banho, Maria de Lurdes recorre a um poço artesiano. Mas cria um novo problema.
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– A conta de energia sobe, por causa do motor ligado para puxar a água – explica.
Há 38 anos residindo no local, Maria já sabe quando a escassez começa.
– Todo ano, por volta de novembro, começa a faltar água. Só vai voltar ao normal lá por abril – relatou.
No caso específico da região do Sambaqui, o gerente regional da Casan de Florianópolis, Marcelino Dutra, informou que um vazamento na Avenida Haroldo Soares Glavan fez com que a quantidade de água para o abastecimento da região diminuísse, e o sistema de bombeamento responsável por levar a água para as regiões mais altas ficou comprometido. De acordo com Marcelino, o vazamento foi consertado ainda na sexta-feira, para normalizar gradativamente a situação.
Casan chegou a propor a redução de consumo
Semana passada, a Casan chegou a propor a redução de consumo, para evitar a necessidade de racionamento. A companhia divulgou dicas de economia, como evitar lavar automóveis, regar jardins, lavar pátios e calçadas e tomar banhos prolongados. Conforme os técnicos da estatal, a diminuição do volume de água atingiu pontos de captação em Florianópolis e de toda a Região Metropolitana. A partir de sexta-feira, no entanto, barragens auxiliares de captação na Capital tiveram seus níveis elevados.
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Alguns pontos normalizados
A situação estava praticamente normalizada na Barragem do Morro da Lagoa, que reforça o abastecimento do Bairro Itacorubi, na do Rio Tavares, que auxilia o abastecimento do Bairro Costeira, na do Morro do Quilombo, responsável pelo abastecimento da Rua Quilombo e transversais, e na do Monte Verde, que jorra água para os loteamentos Monte Verde e Parque da Figueira. Todas estavam em condições favoráveis. O problema permanecia na estação de Santo Amaro da Imperatriz.