A falta de preservação do local do crime prejudicou o trabalho da perícia e pode dificultar o esclarecimento de quem matou a agente penitenciária Deise Fernanda Melo Pereira Alves, 30 anos.
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Quando a equipe do Instituto Geral de Perícias (IGP) chegou na noite do dia 26 de outubro na casa da mãe de Deise, no Roçado, São José, foi recebida por policiais civis e militares e agentes do Departamento de Administração Prisional (Deap), órgão no qual a vítima trabalhava.
“O local não estava preservado e se mostrava inidôneo”, conforme relatado no laudo pericial do exame em local de morte número 0525952/2012, concluído dia 22 de novembro.
O laudo informa também, baseado em informações colhidas no local, que o veículo (Megane) com o qual a vítima teria chegado em casa (da faculdade), havia sido removido da garagem da residência para a rua, antes da perícia. Neste caso, o motivo justifica a intervenção no local. Foi para facilitar os trabalhos de primeiros socorros.
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Mas a camiseta vermelha e a blusa vinho, banhadas de sangue e retiradas da vítima durante o socorro e depois colocadas ao lado do corpo, não foram encaminhadas ao IGP para que a distância do tiro que atingiu o coração de Deise pudesse ser determinada.
_Em primeiro lugar vem a preservação da vida humana. Mas quando se constata o óbito, a polícia deve isolar a área. Nessa situação (caso Deise), podem ter sido destruídos alguns vestígios que permitiriam ao perito apontar a autoria do crime. A não preservação do local do crime pode resultar na impunidade_alertou o diretor geral do IGP de SC, perito Rodrigo Tasso.
O diretor Tasso observou que vários cursos estão sendo feitos para policiais sobre a importância da preservação do local do crime e que é importante que os policiais estejam atentos a isso.
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