O aumento das erosões por causa do avanço do mar nos últimos anos tem preocupado a Defesa Civil em Barra Velha, no Norte de Santa Catarina. O coordenador do órgão municipal, Elton Cunha, afirma que a evolução das erosões tem acontecido de forma gradativa e acelerada.
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A condição vem se agravando a cada temporada de inverno, quando acontecem as ressacas com a presença dos ciclones extratopicais. Nestes momentos, a água do mar avança e contribui para a fragilidade da praia, aumentando a possibilidade de erosões.
– Temos essa preocupação porque as praias estão muito frágeis, então qualquer avanço que possa ocorrer pode trazer um dano significativo – aponta Cunha.
O avanço do mar tem causado problemas há alguns anos, principalmente nas praias da Península, das Pedras Brancas e Pedras Negras, do Grant e do Cerro. Em 2017 e 2019, casas foram destruídas pelas erosões. Neste ano, algumas pessoas que alugavam uma casa precisaram ser retiradas porque a fundação foi corroída e ficou à vista.
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– Como essas casas estão na faixa de Marinha, tecnicamente uma construção fixada ali influencia de forma negativa na dinâmica do mar. É algo não natural – explica o coordenador da Defesa Civil.
Já na praia da Península, a Defesa Civil precisou fazer uma contenção porque a rua Armando Petrelli chegou a ser interditada depois que a água avançou demais.
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Prevenção e investimentos
O coordenador da Defesa Civil explica que a prevenção de erosões é muito difícil em razão da imprevisibilidade. O órgão tenta orientar por meio dos avisos meteorológicos, para que as pessoas estejam preparadas para evacuação da casa se a erosão for muito forte.
Cunha também afirma que seriam necessários milhões de reais para que fosse possível realizar uma contenção satisfatória capaz de evitar o avanço do mar na cidade.
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A reportagem entrou em contato com a prefeitura de Barra Velha para entender se alguma ação já foi tomada ou se há planejamento do município com o objetivo de conter ou evitar problemas com erosões.
A assessoria informou que o prefeito Douglas Elias da Costa está retornando de Brasília, para onde levou projetos para construção dos molhes da Boca da Barra e da praia do Grant, além de desarroreamento da lagoa. Outros detalhes não foram divulgados.
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