O sueco Sven-Goran Eriksson, técnico do Shanghai SIPG, afirmou nesta quarta-feira que a China é capaz de “jogar para ganhar” uma Copa do Mundo num futuro nem tão distante, graças aos grandes investimentos realizados para desenvolver o esporte no país.
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“Daqui a 10 ou 15 anos, tenho certeza que a seleção chinesa estará jogando o Mundial para ganhar”, opinou o ex-treinador da Inglaterra, na véspera de uma partida do seu time na Liga dos Campeões da Ásia, contra o Melbourne Victory, da Austrália.
A China ocupa hoje apenas a 93ª posição do ranking da Fifa, entre Botsuana e Ilhas Faroe, e é apenas a 11ª seleção asiática.
O presidente do país, Xi Jinping, que é apaixonado por futebol, fez do desenvolvimento do esporte uma prioridade, com um grande plano nacional “em 50 pontos” lançado para incentivar sua prática entre os mais jovens.
Em 2011, Xi, então vice-presidente, já havia anunciado seu desejo de ver a China “sediar, e depois ganhar uma Copa do Mundo”.
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Uma das estratégias é contratar atletas estrangeiros a peso de ouro, principalmente brasileiros, como Alex Teixeira, que era cobiçado pelo Liverpool, mas comprado por 50 milhões de euros pelo Jiangsu Suning junto ao Shakhtar Donetsk.
“Hoje, em 2016, todos os jogadores parecem querer vir aqui na China, todos pelos mesmos motivos”, reconheceu Eriksson, citado pela agência oficial Nova China.
De acordo com o site especializado Transfermarkt, o gigante asiático investiu nada menos de 317 milhões de euros em transferências na última janela de transferências.
Além de Alex Teixeira, também trouxe outros jogadores de destaque, como o argentino Lavezzi (ex-Paris Saint-Germain) ou o colombiano Jackson Martínez (ex-Atlético de Madri).
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Do elenco do Corinthians campeão brasileiro no ano passado, nada menos de quatro jogadores foram parar na China, o zagueiro Gil (Shandong Luneng), o volante Ralf e o meia Renato Augusto (ambos no Beijing Guoan) e o meia Jadson (Tianjin Quanjian).
“Não é apenas na elite que o futebol está ficando maior e mais rico. Escolas de futebol estão sendo abertas praticamente todo dia, e meninos e meninas estão começando a jogar. O futebol chinês é promissor”, completou o sueco, que foi vice-campeão da última edição da Chinese Super League.
* AFP