O presidente islamita conservador turco, Recep Tayyip Erdogan, se referiu à Alemanha nazista de Adolf Hitler como exemplo de um sistema presidencial forte, como o que gostaria de implementar em seu país, informou a imprensa nesta sexta-feira.

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“Em um sistema unitário (como a Turquia) pode existir perfeitamente um sistema presidencial. Há exemplos em todo o mundo e também exemplos na História. Podem ver um exemplo na Alemanha de Hitler”, disse aos jornalistas na quinta-feira, quando retornava de uma visita de trabalho na Arábia Saudita, segundo os jornais.

A presidência turca emitiu nesta sexta-feira um comunicado no qual desmentiu qualquer comentário favorável ao nazismo.

“É inaceitável apresentar as declarações de nosso presidente, que declarou o Holocausto e o antissemitismo como um crime contra a Humanidade, como uma referência positiva” ao nazismo, afirma o texto.

“A Alemanha de Hitler é um mau exemplo que teve consequências desastrosas”, acrescentou o gabinete de imprensa do chefe de Estado.

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Erdogan se tornou primeiro-ministro em 2002 e em 2014 passou a ocupar a presidência. Seu objetivo é modificar a Constituição para ampliar os poderes presidenciais, como nos Estados Unidos, Rússia ou França.

Seu Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) obteve 49,5% dos votos (317 deputados) nas eleições de 1 de novembro, longe dos 367 assentos que uma maioria classificada precisa.

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