O ministro dos Esportes, Orlando Silva disse nesta quarta-feira que só das verbas provenientes das loterias o governo investirá R$ 300 milhões nas equipes olímpicas, visando ao aumento da competitividade dos brasileiros que vão disputar os Jogos Olímpicos de 2012, em Londres. Sem falar no dinheiro de patrocínio de estatais, do próprio orçamento da União e de renúncias fiscais. No total, é possível que sejam investidos cerca de R$ 500 milhões.
Continua depois da publicidade
Orlando Silva disse ainda que até o fim do ano, o governo concluirá o projeto que visa o aumento da qualificação das equipes brasileiras, por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele acredita que a tendência é estabelecer metas para cada modalidade, não se importando apenas com o critério das medalhas conseguidas na Olimpíada de Pequim, realizadas em agosto passado, mas também nas competições oficiais pelo mundo afora e pelo Brasil.
O ministro defende que equipes donas de bons patrocínios, como as seleções de vôlei masculina e feminina, abram mão da verba das loterias, deixando-a para modalidades de esportes menos badaladas. Isso, no entanto, terá de passar por decisões do Congresso, visto que as loterias carimbam as verbas para todos os esportes e não discriminam cada tipo.
Juntamente com o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, Orlando Silva deveria falar nesta quarta-feira na Comissão de Esporte e Turismo da Câmara dos Deputados a respeito dos preparativos do Brasil para a Olimpíada de 2012 e da candidatura do País para os Jogos de 2016. Mas, como o plenário da Câmara votava a Medida Provisória 443, a audiência não pôde ser realizada.
– Constrangido, tenho de comunicar que o presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), determinou que a nossa sessão não seja realizada, pois no momento ocorre votação -, desculpou-se o presidente da Comissão, deputado Albano Franco (PSDB-SE).
Continua depois da publicidade