Com o verão se aproximando, as equipes que trabalham com resgate aquático se preparam para atender às inúmeras ocorrências de salvamento nas praias do Litoral Norte. Em Itapoá, 65 salva-vidas, entre novos e antigos, estão passando por treinamento de cinco semanas. Os trabalhos de pré-temporada já iniciaram-se, mas a Operação Verão começa no dia 15 de dezembro.
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Em São Francisco do Sul, uniram-se nesta quarta-feira a 2ª Companhia de Aviação da Polícia Militar, bombeiros voluntários e uma equipe de paramédicos. Todos os procedimentos de resgate foram recapitulados pela tripulação que atende a todas as praias do Litoral Norte e do Vale do Itajaí.
De acordo com o major e piloto Nelson Henrique Coelho, o tempo de resposta é ágil e eficaz, mas também depende da rapidez de quem aciona o socorro e da forma como a informação é repassada. Da base de São Francisco, o helicóptero leva cerca de dois minutos para chegar à praia de Enseada – que é uma das mais próximas, e 15 minutos para chegar a Balneário Camboriú – a praia mais distante da área de abrangência.
Segundo Coelho, o trabalho de prevenção realizado no ano passado pelos bombeiros ajudou a diminuir o número de ocorrências.
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Cerca de 20 pessoas, entre tripulantes e bombeiros, participaram do treinamento aquático na praia do Forte, em São Francisco do Sul, na manhã desta quarta. Um médico e um enfermeiro também integraram a equipe de salvamento.
Um dos procedimentos realizados foi o sling, quando um tripulante é lançado ao mar para resgatar uma pessoa que está se afogando. De dentro da aeronave, piloto e copiloto não têm visibilidade do que está acontecendo no mar, por isso, atribuem total confiança ao tripulante, que assume a função de fiel. É ele quem dá as instruções da porta da aeronave. A comunicação entre eles ocorre por rádio e visualmente, por meio de sinais. No treinamento, um dos tripulantes faz o papel da vítima a fim de aproximar a simulação de uma situação real.
O fiel ajuda a lançar o tripulante socorrista ao mar e o equipamento de resgate e orienta o comandante da aeronave para que ele possa posicionar o helicóptero corretamente. Após o socorrista prender a vítima ao equipamento, ambos são içados pelo helicóptero até a areia. O procedimento é repetido diversas vezes, até que cada tripulante passe por todas as funções (vítima, socorrista e fiel) ao menos duas vezes. No mar, uma embarcação dos bombeiros está de prontidão para ajudar no resgate.
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– É como uma máquina, todos os envolvidos precisam estar em sintonia – avaliou o major Márcio Leandro Reisdorfer.
Além do sling, outros dois procedimentos foram realizados pela equipe: o pulsar, que conta com o apoio de um cesto para içar mais de uma vítima; e o pouso em pedra, quando há a necessidade de apoiar a aeronave em uma base para resgatar uma vítima que esteja próxima à encosta.
– Nesse caso, é preciso treinar a habilidade do piloto e o tempo de embarque e desembarque – explicou o capitão Iagã Cota, responsável pelas instruções da equipe.
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