Rambo desmaiaria de tanta vergonha. A disputa de paintball da equipe da Revista de Verão com leitores foi um festival de bala perdida. Só quem já jogou sabe o quanto é difícil acertar o inimigo que usa roupa camuflada e fica escondido no meio do mato. Some a isso a falta de técnica e de mira dos atletas deste confronto. Teve gente matando até o parceiro de equipe.

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Num dia de chuva – mas quente como qualquer outro de verão -, resolvemos encarar o desafio. Os participantes Eduardo Régis e Graziela Rodrigues venceram uma promoção da Revista pela internet e foram chamados para a luta. Outro leitor, Arthur Simon, foi convocado para ajudar a turma de jornalistas a fazer fiasco no campo de batalha. Conseguimos juntar 13 pessoas em duas equipes: a verde e a cinza. Um grupo ficou com um participante a mais, o que não significou vantagem: o time se saiu tão mal que até perdeu uma das batalhas.

No Jungle Paintball, em Florianópolis, jogamos em duas arenas – uma no meio do mato e outra em campo aberto. A disputa para valer aconteceu na “selva”, entre árvores, bambu, pedras e muito, muito barro.

Para jogar, recebemos macacão, colete, máscara, arma e munição (bolinha que solta tinta). O ranger (juiz) dá instruções de segurança e explica a missão. A nossa era matar o inimigo (que vinha na direção contrária), avançando pelo mato até chegar a uma bandeira, localizada em meio ao fogo cruzado. Depois, ainda precisávamos levá-la de volta para nossa base.

A equipe cinza, dos meus oponentes, venceu a primeira batalha. Na segunda, a verde avançou e, incrivelmente, eu mesma consegui chegar até a bandeira. Quase fui morta porque achei que precisava ficar balançando o objeto em vez de correr para trás da moita.

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Matamos quase todos os inimigos, deixando apenas uma sobrevivente: Adriana Maria. Descobrimos que um dos nossos atiradores, Marcone Tavella, tem uma veia MacGyver. Rastejou, caiu, se sujou, invadiu a base inimiga e aniquilou boa parte dos cinzas, inclusive com tiros a queima-roupa. Acabou ganhando o apelido de serial killer.

Eu não levei nenhum tiro (o mais próximo atingiu a minha arma), mas fui banida pelo juiz de uma das provas porque mexi demais na minha máscara. Estava toda embaçada, o que é comum no jogo, e eu não via nada. Resolvi não reclamar. Já estava sem munição mesmo.

Hora de abortar a missão

Cada jogador tinha um objetivo na disputa. O fotógrafo Alvarélio Kurossu queria atirar na cabeça de alguém. Conseguiu acertar a orelha do Marcone, mas foi bombardeado e saiu gemendo.

A editora Juliana Sakae queria arrumar um atestado médico. Acabou indo para o hospital no mesmo dia, mas não foi por conta do paintball. Melhorou antes do trabalho do dia seguinte. Eu queria exterminar o chefe, o editor da Revista. Não cheguei nem perto. Na finaleira, deixei Rodrigo Stüpp me atingir no peito. Afinal, melhor não criar intriga com os superiores.

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Assista ao vídeo:

Atacar!

:: O quê: Jungle Paintball

Quando: marque com antecedência

Onde: Estrada Geral da Vargem Pequena, 735, Norte da Ilha de SC

Quanto: R$ 30 por pessoa. O jogador pode recarregar a arma (100 bolinhas custam R$ 20, e 50 bolinhas, R$ 12)

Informações: (48) 3025-3701 e www.junglepaintball.com.br

:: O quê: X-Perience

Onde: Fazenda Rio Tavares (pela SC-405, seguir até o km 5, sentido Morro das Pedras), em Florianópolis

Informações: (48) 3233-4453 e www.xpbpaintball.blogspot.com

:: O quê: WF Paintball

Onde: Irmã Bonavita, 450, Capoeiras, Florianópolis

Informações: (48) 4104-0423 e www.wfpaintball.com.br

:: O quê: Ekoeté

Onde: Rodovia João Gualberto Soares, 8.290, Rio Vermelho

Informações: (48) 3269-7000 e www.ekoete.com.br

:: O quê: Splashfield Paintball

Onde: Rua Aviação Francesa, 100, Campeche

Informações: (48) 9919-6979 e www.splashfield.com.br