Para a repórter Janaina Cavalli, que produziu este caderno com os fotógrafos Guto Kuerten, Julio Cavalheiro e Flávio Neves, o trabalho de apuração foi um mergulho na economia de Florianópolis e região. Natural de Campos Novos, no interior de SC, Janaina conhecia pouco das cidades menores do entorno da Capital.
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– Algumas me surpreenderam muito. Em Antônio Carlos, por exemplo, mais da metade da população vive no campo, produzindo hortaliças. Segundo o prefeito Geraldo Pauli, a cidade não sofre com o êxodo rural. Isso, em um município localizado a apenas 30 quilômetros de Florianópolis. E as outras atividades (uma fábrica da Coca-Cola e a produção de rãs) conferem a Antônio Carlos um dinamismo econômico atípico para cidades tão pequenas.
Em Governador Celso Ramos, enquanto a repórter escrevia sobre os investimentos bilionários em resorts de luxo no município, que vão gerar empregos e riquezas, pensava no impacto negativo que o turismo pode causar nesse recanto paradisíaco do Estado.
– Já em Florianópolis, cidade onde moro há quase 10 anos, a maior surpresa foram mesmo os setores tradicionais. Desde que entrei para a editoria de Economia do Diário Catarinense, habituei-me a relacionar o potencial econômico da cidade ao setor de tecnologia da informação, relativamente novo, mas pulsante e promissor. O caderno especial sobre a Grande Florianópolis exigiu que eu abordasse todas as principais atividades econômicas, voltando ao turismo e aos serviços. E a novidade foi que, pela primeira vez, os restaurantes estão conseguindo independência do movimento da alta temporada. Isso porque os bairros considerados de veraneio, como os do Norte da Ilha, estão se desenvolvendo e se consolidando como residenciais – diz.
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Para Janaina, o mergulho na Grande Florianópolis foi importante enquanto repórter, mas também como catarinense.
– Agora posso dizer, com orgulho, que conheço a região onde moro – afirma.