Invadir Londres sem resistência e sem dificuldades de qualquer tipo. Esta foi a primeira sensação bacana da equipe do Diário Catarinense ao desembarcar na capital inglesa, que dá uma mostra da doação do povo local aos Jogos Olímpicos.

Continua depois da publicidade

E este tipo de situação, só em período olímpico.

Londres tem mais de 2 mil anos. Neste período, já em 43 dc os romanos faziam incursões devastadoras no território. E o povo local construiu seu DNA sofrendo diferentes epidemias, invasões de vizinhos franceses, bombardeios alemães, revoluções internas e ataques terroristas. A tudo isso sobreviveu e construiu uma dos mais impressionantes e cosmopolitas capitais mundiais.

Neste cenário, ser desconfiado quando da presença de estrangeiros é quase uma obrigação. Mas, em período olímpico, tudo muda. E esta é a terceira vez que esta metrópole abriga os Jogos. Por este motivo, mesmo com uma certa apreensão, a equipe composta por 13 profissionais Grupo RBS, tinha um certo receio de encontrar um pequeno inquérito e burocracia.

Continua depois da publicidade

Já que havíamos sido alertados: em todos os países que você chega, há uma placa de “Bem-vindo”. Na chegada a Londres, você vê apenas: “Welcome to Heathrow Airport”. Ou seja, se é saudado por ter chegado ao aeroporto e não ao território inglês.

Pura ilusão. Os ingleses estão absolutamente empenhados em dar um mix de simpatia, agilidade e infraestrutura. Ao desembarcar, sequer a equipe foi submetida a uma segunda checagem de bagagens, algo que foi normal na Olimpíada de Pequim. Até no Brasil, em voos domésticos, mulheres têm que tirar botas e você é submetido a constrangimentos.

Milhares de jornalistas chegando em voos simultâneos e uma imensa capacidade de encaminhar os credenciamentos estava à espera. Menos de 15 minutos e todos estavam credenciados. E liberados pela alfândega, cuja a pergunta mais espinhosa foi: “qual o seu esporte favorito?” Feita por um funcionário sorridente, fala mansa, pausada.

Continua depois da publicidade

Surpresa boa no relacionamento, agradável no clima. Calor para brasileiro nenhum reclamar. Após um voo tranquilo, alguns filmes e o sono um pouco atrasado, o medo de encontrar chuva e baixar o astral existia. Nada disso. Sol a pino.

Trânsito tranquilo nas ruas e avenidas

Trânsito, um eterno caos em Londres? Nada disso. Em duas vans, a equipe se deslocou em menos de 30 minutos até o Hotel Pullman, em frente a estação St. Pancras, a mais central de Londres.

No caminho, percebe-se logo que Mercedes é carro popular. A tal crise europeia não mostra facilmente sua cara. E a preparação olímpica abunda. Ruas demarcadas para carros oficiais, decoração por todos os lados e um povo que vive seu dia-a-dia sem alteração, mas está aberto a receber todos os estrangeiros.

Continua depois da publicidade

Esta a primeira boa impressão. Que só se ampliou com as facilidades para se deslocar aos pontos dos Jogos. Em menos de sete minutos, o subway sai de St. Pancras e o deixa na Vila Olímpica.

Dos estúdios da RBS, no 15º andar do hotel, se tem uma linda vista quase 360 graus da cidade. A London Eye, o Big Bem, o maior prédio da Europa, tudo serve de pano de fundo para inspirar a equipe, registrada na foto oficial desta página. A partir de hoje, esta sensação de intensidade será explorada, misturando o olhar para os Jogos e para esta cidade que vai mostrar um londrino absolutamente dedicado a impressionar pela simpatia e educação.

Insights da chegada

Das 15h30min, quando a equipe do DC deixou o aeroporto, até o anoitecer, perto das 21h, percorremos 20 quilômetros até o hotel localizado próximo à estação St. Pancras, a mais central de Londres. Confira as primeiras impressões:

Continua depois da publicidade

Visual londrino

No caminho até a imensa Londres, deixando Heathrow, passamos ainda pelas cidades de Cranford e Osterley. Ali já percebíamos os estilos dos bairros, todos organizados, com arquitetura típica londrina, horizontais, arborizados e cheios de parques.

Amostra cultural

Um pequeno deslocamento se levado em conta a história e as possibilidades de Londres. Mas, no caminho, passamos por parques importantes como Gunnersbury Park e o Hyde Park, para só citar os principais. Também avistamos a fábrica da famosa cerveja Fullers, por museus como o de História Nacional, de Artes, a loja Harrods e a Arena de Ealrs Court e os tradicionais ônibus duplos e vermelhos.

Estilão todo próprio

Londres se revela em particularidades não só em seus ônibus e mão invertida e em carros com direção no lado direito. Numa esquina, um carro com uma câmera monitora as infrações de trânsito, os espertinhos não têm vez. E se você quer se alimentar à noite na rua, tem que ser cedo. Os pubs até seguem vendendo bebidas, mas comidas para de ser servidas perto das 20h. E, diante do calor, muitos moradores se refrescam nas fontes dos parques, sem constrangimento.

Continua depois da publicidade

Respeito às filas e sem pressa

O transporte público funciona muito bem em Londres. Você se desloca com facilidade com o cartão chamado Oyster, de dar inveja a tranqueira que vemos nas maiores cidades catarinenses. E furar a fila aqui é quase um crime, pega muito mal. No aeroporto, um indiano se adiantou na fila do elevador.

A equipe

Marcos Castiel – repórter

Emerson Souza – fotógrafo

Marcos Piangers – comunicador

Sérgio Boaz – repórter

José Alberto Andrade – repórter

Cauê Franzon – técnico

Jean Pierre Vandresen – técnico

Cléber Grabauska – coordenador editorial