A equipe do presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pediu ao governo federal e ao do Distrito Federal o fechamento de toda a Esplanada dos Ministérios a partir da próxima sexta-feira (30) para realizar rastreamento de explosivos e fazer a preparação do esquema de segurança para a posse, no dia 1º de janeiro.

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O pedido de fechamento da Esplanada foi confirmado pelo futuro ministro da Justiça, Flávio Dino.
Segundo a reportagem apurou, o rastreamento dos explosivos faz parte de uma série de medidas adotadas pelo governo eleito para evitar incidentes durante a posse do petista.

A equipe de transição pediu que seja decretado ponto facultativo na sexta, porém, a tendência é que haja apenas a liberação dos servidores para que eles trabalhem remotamente.

Há 8 mil agentes de segurança, incluindo policiais e militares, disponíveis para garantir a proteção de Lula e do público no próximo domingo (1º). A ideia da equipe do presidente diplomado é trabalhar com o uso proporcional da força do estado, ou seja, quanto maior o risco, maior as camadas de proteção que serão colocadas em prática.

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Nesta terça, nos preparativos para a posse de Lula, houve um ensaio da cerimônia. Militares e servidores cumpriram as etapas das cerimônias previstas para o dia 1º no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto. Há previsão de um último ensaio geral na sexta-feira (30). Soldados fizeram um ensaio da chegada do presidente na rampa do Palácio do Planalto.

Também nesta terça (27), Dino afirmou que a equipe pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão do porte de armas de fogo no Distrito Federal entre os dias 28 de dezembro e 2 de janeiro.
Essa seria uma medida adicional de segurança para a cerimônia de posse presidencial, após a tentativa frustrada de atentado em Brasília, por militantes bolsonaristas, e a apreensão de explosivos. Dino disse que o pedido já foi feito e está sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

— Vai permitir que as forças policiais possam realizar diligências, possam apreender eventuais armamentos. E o mais importante, nesse período, caso haja o deferimento da medida, o porte configurará crime, uma vez que será um porte ilegal — afirmou Dino, ao sair de uma reunião no Centro Cultural Banco do Brasil, sede do gabinete de transição.

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Na tarde desta terça, a Polícia Militar do Distrito Federal foi acionada para averiguar uma mochila abandonada no Setor Hoteleiro Norte, na zona central. Após a averiguação dos policiais, a presença de explosivos foi descartada. Apenas objetos pessoais foram encontrados na mochila.

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O acionamento foi feito por uma pessoa que trabalha na região. Os policiais isolaram a área à espera do esquadrão antibomba, e um robô foi utilizado para investigar o que estava dentro da mochila.

A mochila foi deixada próximo a hotéis e a um depósito de gás. Segundo a PM, a decisão de isolar a área fez parte do protocolo da polícia e ocorreu por precaução. Um porta-voz da Polícia Militar afirmou que um dos hotéis foi esvaziado.

O caso acendeu alerta após um bolsonarista preso por terrorismo deixar uma bomba acoplada a um caminhão de combustível, cujo destino era o aeroporto de Brasília.

George Washington de Oliveira Sousa foi preso na noite de sábado (24) e confessou o plano de explodir o caminhão e torres de energia, para criar o “caos” que, na visão dele, levaria à “decretação do estado de sítio no país”, com uma possível intervenção das Forças Armadas.

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*Reportagem de Julia Chaib, Victoria Azevedo, Idiana Tomazelli, Cézar Feitoza e Fabio Serapião

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