A equipe da Jaraguá Brazilian Jiu-jítsu, que treina no Clube Baependi, disputou no último final de semana o Campeonato Mundial da Confederação Brasileira de Jiu-jítsu Esportivo, em São Paulo. Os atletas conquistaram quatro medalhas: três de ouro e uma de prata. Ao todo foram, 17 lutas, com apenas duas derrotas.

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O mestre da academia, Henrique Buda Bertoldo, conta que grande parte dos alunos participa das competições espalhadas pelo Brasil, por isso os treinos regulares têm um peso preparatório para esses eventos. Ele destaca ainda que disputar competições ajuda os lutadores a melhorarem a técnica.

– A equipe se classificou depois de disputar o Sul-brasileiro no começo do mês em Florianópolis. Para o mundial, mais de cinco mil atletas de todo o mundo participaram. O nível técnico da luta estava muito alto – comenta mestre.

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Buda perdeu nas quartas de final, na categoria faixa preta – peso leve. No entanto, os quatro alunos da academia conquistaram medalhas e mostraram que os treinos no Clube Baependi estão dando resultado.

Superando as limitações

Cada lutador tem uma história diferente para contar, mas todas são marcadas por uma palavra: superação. Fabio Guedes conquistou medalha de ouro na categoria faixa branca – peso leve. Antes da competição em São Paulo, Guedes também conquistou o segundo lugar no Rio Open de Jiu-jítsu. Nos 15 meses dedicados ao jiu-jítsu, Guedes conta que abriu mão de dois vícios: o álcool e o cigarro. O resultado vai além do primeiro lugar: ele emagreceu 24 quilos nesse período. Frituras e refrigerantes também não fazem mais parte do seu cardápio.

– Toda pessoa é capaz de lutar porque o jiu-jítsu é um esporte que se adapta ao seu corpo. Eu tenho problema no joelho, dois pinos, pois joguei vôlei muitos anos. Não faço todos os movimentos, mas supero minhas limitações e desenvolvo pontos fortes – revela.

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Jonatã Zurchimitten – faixa branca peso pesado – enfrenta a estrada pelo menos três vezes por semana para treinar na academia jaraguaense. Ele conta que começou no esporte há três anos com o mestre Buda. Depois que se mudou para Joinville, não encontrou uma academia com os mesmos métodos de ensino, por isso, a solução encontrada foi dirigir até as aulas que servem como uma válvula de escape para o estresse do trabalho. O resultado foi a medalha de ouro após disputar quatro lutas no Mundial.

Outro campeão é o faixa- preta em judô e o faixa-azul em jiu-jítsu Marcos Rogério Takashima. Após dominar uma luta por incentivo da família, decidiu que estava na hora de aprender algo novo. Assim, o jiu-jítsu entrou em sua vida, e ele conquistou o primeiro lugar na categoria faixa azul – peso pena.

O lutador Fernando Matille conquistou o segundo lugar na faixa branca – peso pluma. Ele saiu do atletismo para o tatame há um ano e meio, quando começou a praticar a modalidade. Matille está em 20º no ranking mundial da sua categoria. Apesar do segundo lugar, ele conquistou outras cinco competições para ficar em 10º lugar no seu ranking.

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