Menos de dois anos depois de ter um time disputando uma competição nacional no basquete feminino, a situação da modalidade em Joinville é preocupante. A ABF, sigla pela qual as joinvilenses atuavam, não participa mais de competições oficiais e tenta a duras penas quitar as dívidas que ficaram da temporada 2010/2011 para tentar dar sobrevida ao projeto.
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O título estadual em 2009 e o honroso sexto lugar na última Liga de Basquete Feminino que disputou não foram suficiente para que a Associação de Basquete Feminino de Joinville conseguisse se firmar. Com a perda de patrocinadores, a realidade é dura.
Diretora técnica da equipe, a professora Rose Helene Alfarth sente na pele a dor de ver a modalidade passar pela dificuldade financeira.
– Há uma discussão em nível nacional em que andamos nos questionando o porquê desta fase tão complicada do basquete feminino -, diz a treinadora.
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Na avaliação de Rose Helene, existem dois grandes obstáculos para a manutenção de uma equipe adulta na cidade. O primeiro é a falta de interesse da iniciativa privada. Ela estima que com um investimento mensal de R$ 50 mil seria possível manter uma equipe em nível competitivo. O segundo é o baixo número de atletas com idades menores para compor as categorias de base.
Para a disputa dos Jogos Abertos de Santa Catarina, a treinadora terá de improvisar. Além de convidar algumas atletas veteranas que ainda moram na cidade, ela tentará convidar outras que já passaram por Joinville.
– Vamos nos reunir só para jogar. Não é o ideal, mas teremos um time -, desabafa a técnica.
Times de base trazem esperança
Enquanto a ABF tenta se reestruturar para, no futuro, voltar a ter uma equipe adulta, apaixonados pelo esporte buscam soluções para não deixar a modalidade morrer e também para plantar a semente que garantirá a sustentabilidade do basquete feminino nos próximos anos.
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Sob as asas da Joinville Basquete Associados (JBA), a mesma entidade jurídica que abriga o basquete profissional masculino, funcionam as categorias de base da Comai/Romaço Rolamentos/Felej/JBA.
As equipes sub-17 e sub-15 participam dos estaduais. Sob o comando do técnico Fabiano Borges, as garotas têm se saído bem na competição. “Temos várias meninas com um potencial enorme. Existe bastante potencial para montar uma equipe adulta daqui uns quatro ou cinco anos”, aposta o treinador.
Em Joinville, também há quatro núcleos do Programa de Iniciação Desportiva (PID) – que contempla quase 100 alunas de escolas municipais com idades até 16 anos. Os núcleos do esporte ficam localizados nas escolas Ana Maria Harger, Amador Aguiar, João de Oliveira e Sadalla Amin Ghanem.
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