Uma equipe de profissionais do departamento de oceanografia da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) retornará, nesta segunda-feira (23), a Barra Velha, para coletar material genético da baleia encontrada morta na praia do Tabuleiro. Neste domingo, por volta das 11 horas, o animal foi encontrado por pessoas que passavam pela praia em estado avançado de decomposição.

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Conforme Jeferson Dick, oceanógrafo e coordenador da unidade de estabilização de animais marinhos da Univali, que esteve na praia neste domingo, não foi possível identificar a espécie justamente por causa da decomposição avançada do animal. Ele disse que a baleia encontrada morta pode ser tanto da espécie jubarte como da espécie minke. Uma das diferenças, diz Jeferson, é que as baleias minke têm tamanho menor na comparação com as jubarte.

— Não conseguimos identificar a espécie porque o animal estava sem os órgãos internos, praticamente só com pele e osso. Além disso, não tínhamos os equipamentos necessários para fazer a retirada. Ela (a baleia) estava na arrebentação e vamos voltar lá amanhã (segunda-feira) na maré seca para ver o que conseguimos fazer — explicou o oceanógrafo.

Segundo o especialista, o aparecimento de outra baleia encalhada na orla de Barra Velha em um curto espaço de tempo — menos de uma semana — é coincidência e não deve ser motivo de preocupação. Em geral, afirma Jeferson, as baleias encalham quando estão doentes ou por problemas naturais.

— No Brasil, mais de 90 animais ficaram encalhados apenas neste ano. Em 2010, também houve um número expressivo de encalhes, então, isso acontece, infelizmente — ressaltou.

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