Na praça de Capoeiras, próximo ao Colégio Edith Gama Ramos, uma área abandonada há pelo menos um ano, que acabou ocupada por cerca de cinco andarilhos mudou de aparência na manhã desta quinta-feira, após a uma visita de uma equipe da prefeitura de Florianópolis.
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A Comcap retirou 1,5 mil quilos de lixo do local e a promessa é revitalizá-lo. O chefe da divisão de Fiscalização da Secretaria do Continente, Jaisson José Vieira, informou que a praça será adotada por uma empresa.
Uma equipe de abordagem do Centro POP da Capital conversou com os andarilhos. O assistente social Leonardo Rodrigues de Oliveira, do Centro POP, explicou que a abordagem é demorada, e o objetivo não é criminalizar esta população, mas oferecer alternativas e tratamento, já que a maioria usa algum tipo de droga, lícita ou ilícita.
– Cerca 95% desta população é usuária de crack e um derivado que é ainda mais devastador. Muitos não são da cidade, então procuramos ver se eles possuem laços familiares, se desejam regressar para suas cidades ou obter tratamento – explica o assistente social.
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No terminal desativado do mesmo bairro houve outra visita da equipe. Segundo o gerente de limpeza do Continente da Comcap, Mauricio Adriano, existe projeto para transformar o local em um Ponto de Entrega Voluntária de Lixo (PEV).
Jaisson explica que muitos dos andarilhos já catam o lixo para sobreviver, mas acabam vivendo em meio à sujeira, sem uma organização.
Esta foi uma ação conjunta de órgãos da prefeitura de Florianópolis para limpeza de terrenos abandonados e abordagem de moradores de rua em áreas do Continente. Os fiscais da Secretaria do Continente juntamente com assistentes sociais do Centro Especializado para atendimento a população de rua (Centro POP) e Guarda Municipal visitaram pontos em Capoeiras, Vila Aparecida e Monte Cristo.
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Segundo o secretário do Continente, João Batista, será feito inicialmente um diagnóstico da situação dos moradores de rua, locais onde vivem e realidade de cada um, para então tomarem as medidas para tentar solucionar ou amenizar o problema. A ação de hoje foi a primeira de uma série que acontecerão semanalmente.
– Vamos elaborar um plano de ação juntamente com a Secretaria de Assistência Social, porém este tipo de abordagem é um trabalho muito demorado – explica.