Os atletas da equipe brasileira de bobsled tiveram noção das dificuldades que irão enfrentar na competição dos Jogos Olímpicos de Turim/2006, a ser realizada na sexta e no sábado. O Brasil participou nesta terça das primeiras duas baterias de treinos oficiais na pista de Cesana-Pariol, considerada uma das mais perigosas do mundo.
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Esta foi a primeira vez que os brasileiros desceram na pista italiana e já perceberam que não terão facilidade.
– A primeira descida é sempre complicada, rola mais tensão e a adrenalina é muito grande. Mas foi um bom treino, vamos melhorar bastante até o dia da prova – disse Edson Bindilatti, responsável por frear o trenó ao término da prova.
O bobsled brasileiro, pilotado pelo paulista Ricardo Raschini, virou na primeira descida desta terça-feira. Já na segunda bateria, os brasileiros conseguiram completar o percurso. Até o dia da prova, serão realizadas mais quatro baterias de treinos oficiais, duas na quarta e duas na quinta.
– Foi tranqüilo. Bati o ombro esquerdo quando viramos, mas estou bem, tanto que descemos mais uma vez. A segunda descida já foi bem melhor do que a primeira e vai ser assim até o dia da prova – disse o ex-velocista Claudinei Quirino, medalha de prata no revezamento 4x100m rasos nos Jogos Olímpicos de Sydney/2000.
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– Virar faz parte deste esporte. Na segunda descida o Raschini mandou muito bem – disse Márcio Silva.
Na primeira descida, a equipe completou o percurso, mesmo com o trenó virado, em 1min01s88. Na segunda, os brasileiros fizeram 59s64, atingindo 126 km/h.
– Não adianta assistir a vídeos sobre a pista ou andar o percurso todo, como eu vinha fazendo. É necessário pilotar mesmo. Na segunda bateria eu já acertei a curva 14, que tivemos problemas na primeira descida, e consegui fazer uma pilotagem mais suave. Temos mais quatro baterias antes da prova e vou fazer o máximo para não virarmos mais uma vez – explicou Raschini.