O Equador anunciou nesta terça-feira (6) que continuará protegendo Julian Assange, asilado em sua embaixada em Londres desde 2012, após a decisão da Justiça britânica de manter a ordem de prisão contra ele.

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Quito “manterá a proteção internacional para o cidadão Julian Assange enquanto persistir o perigo para sua vida”, indicou a Chancelaria em comunicado.

Ao mesmo tempo, acrescentou, persistirá em seu propósito de encontrar junto ao Reino Unido uma “solução satisfatória para os dois países e respeitosa dos direitos humanos”.

Na terça-feira, a juíza britânica Emma Arbuthnot se negou a retirar a ordem de prisão contra Assange por ter violado os termos de sua liberdade condicional quando foi asilado em 2012 na embaixada equatoriana.

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Arbuthnot também decidirá em 13 de fevereiro se é de interesse público manter a ordem de detenção contra o fundador do WikiLeaks a pedido de seus advogados e da Suécia, que já não considera Assange suspeito de crimes sexuais.

A Justiça sueca abandonou a investigação que requeria sua prisçai, mas a Polícia britânica ainda quer detê-lo por ter violado os termos de sua liberdade condicional.

Assange teme deixar a embaixada do Equador, ser detido e acabar extraditado para os Estados Unidos por ter divulgado milhares de segredos oficiais deste país.

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O presidente equatoriano, Lenín Moreno, disse há duas semanas que “conversou com a senhora embaixadora da Grã-Bretanha” em Quito e que ela se comprometeu com uma solução conjunta “para que o senhor Julian Assange proteja sua vida e, ao mesmo tempo, possa ser sancionado pelo erro que cometeu”.

Após ter concedido a ele sua naturalização em dezembro, Quito solicitou a Londres que reconhecesse Assange como agente diplomático, o que lhe daria imunidade para sair da embaixada sem ser preso, mas o Reino Unido negou o pedido.

* AFP