O Oeste de Santa Catarina receberá, na próxima semana, um Centro Regional de Operações de Emergência para o combate à dengue. A medida faz parte de uma série de ações anunciadas pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) para frear os números doença na região. 

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De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC), a estrutura será montada em Chapecó e será coordenada pela Gerência Regional de Saúde da cidade. Com o Centro, a secretaria espera intensificar as ações na região, principalmente as que envolvem vigilância epidemiológica, assistência de casos suspeitos, controle vetorial e comunicação de risco. 

— A instalação do Centro tem como objetivo avaliar o cenário epidemiológico da dengue nos municípios desta região, e direcionar ações para o enfrentamento da situação. O local servirá para integrar diferentes órgãos do governo do Estado e municípios, permitindo a implementação de medidas rápidas e de forma intersetorial neste momento, tanto para controle do mosquito Aedes aegypti como para assistência dos casos — explica o superintendente de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário. 

Outra estratégia adotada é que o Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen/SC) enviou ao Laboratório Regional de Saúde Pública de Chapecó um equipamento para reforçar o diagnóstico na região. O objetivo é garantir a agilidade dos exames laboratoriais para a confirmação da doença. 

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Oeste concentra 87% dos casos em SC

Segundo o último boletim epidemiológico, divulgado nesta sexta-feira, 2.657 casos de dengue foram confirmados em Santa Catarina, sendo que 2.122 são autóctones – com transmissão dentro do Estado. 

O Oeste catarinense concentra, sozinho, 87,6% dos casos autóctones de todo o Estado. Até está sexta-feira, são 1.859 confirmações. 

Ao menos 38 municípios registraram casos autóctones, sendo que 10 se encontram em situação de epidemia, ou seja, com uma taxa de transmissão maior do que 300 casos por 100 mil habitantes. Porém, a Dive acredita que esse número tende a aumentar nos próximos dias. 

— Acompanhando as informações dos exames laboratoriais que estão sendo enviados para análise, assim como os dados das Secretarias Municipais de Saúde, é possível afirmar que são pelo menos 14 municípios nessa condição. Assim, é importante que os municípios insiram no sistema de informação os dados dos casos suspeitos e confirmados, ponto ressaltado com as equipes municipais nas visitas realizadas nas últimas semanas — acrescenta João Augusto Brancher Fuck, diretor da DIVE/SC.

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Ainda de acordo com a diretoria, pelo menos oito municípios já decretaram situação de emergência devido ao elevado número de casos de dengue. São eles: Chapecó, Coronel Freitas, Itá, Maravilha, Palmitos, Romelândia, Seara e Xanxerê. 

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Quais os sintomas da dengue? 

A dengue é transmitida por meio da picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado com o vírus. Depois disso, os sintomas podem surgir entre 4 e 10 dias. 

Entre os primeiros sintomas está a febre alta com início abrupto, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Além disso, em 50% dos casos, também estão presentes manchas pelo corpo, principalmente na face, tronco, braços e pernas. Também são sinais da doença perda de apetite, náuseas e vômitos. 

Como evitar a proliferação do mosquito?

  • Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;
  • Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
  • Mantenha lixeiras tampadas;
  • Deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
  • Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
  • Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
  • Mantenha ralos fechados e desentupidos;
  • Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
  • Retire a água acumulada em lajes;
  • Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;
  • Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
  • Evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;
  • Denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
  • Caso apresente sintomas de dengue, chikungunya ou zika vírus, procure uma unidade de saúde para o atendimento.

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