Conforme informado ontem com exclusividade ao Diário Catarinense, o plano de demissão voluntária incentivada (PDVI), que integra um plano de gestão – ainda não lançado – pelo governo Raimundo Colombo pretende promover uma reestruturação administrativa em oito estatais.
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Embora as empresas afirmem que ainda é cedo para definir um número de demissões, algumas delas já possuem estimativas de quantos funcionários poderão aderir ao PDVI, como a Epagri, uma das maiores do grupo, com 2.150 funcionários.
– É muito importante essa reestruturação para promover a revitalização da equipe. Hoje, por exemplo, temos 371 aposentados que ainda trabalham na Epagri – avalia o presidente da empresa, Luiz Hessmann.
Na estatal, que tem como foco o segmento rural, a expectativa é de que cerca de 400 empregados deixem a Epagri nos próximos três anos. Hessmann, explica também que ainda faltam ajustes no programa e que o PDVI será apresentado aos servidores na próxima segunda-feira.
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De acordo com ele, o número de vagas que serão abertas em concursos públicos deverá superar o número das demissões incentivadas.
Início está previsto para 9 de setembro
Com o objetivo ampliar e tornar mais ágil os serviços à população, o PDVI envolverá as estatais: Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de SC (Epagri), a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (Cidasc), o Centro de Informática e Automação de Estado de SC (Ciasc), a Companhia do Desenvolvimento de SC (Codesc), a Companhia de Habitação (Cohab), a Bescor (corretora de seguros oficial do Estado), a Santa Catarina Turismo (Santur) e a Centrais de Abastecimento (Ceasa).
Além do PDVI, o plano de gestão do governo inclui outras etapas como a realização de concursos públicos. Segundo informações das estatais, o PDVI deve ser lançado oficialmente nas empresas no dia 9 de setembro, com o prazo de adesões até 30 de setembro.
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Espaço para a eficiência
A renovação é vista com bons olhos também em empresas com um quadro de funcionários menor que o da Epagri, como ocorre na Cohab. O presidente da estatal, Ronério Heiderscheidt, diz que mesmo sem possuir dados oficiais de interessados, esta é uma oportunidade para melhorar a eficiência nesses locais.
Atualmente, a empresa de habitação de Santa Catarina conta com 126 servidores e não possui histórico de realização de um plano de demissão voluntária incentivada.
Na Santur, o presidente Valdir Walendowsky explicou que o programa foi apresentado na quinta-feira aos funcionários e que ainda é cedo para definir quantos pretendem aderir. Conforme Walendowsky, a estatal, que atualmente conta com 48 funcionários entre Florianópolis e Balneário Camboriú, nunca teve um plano de demissão incentivada.
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Na Codesc, segundo a diretora administrativa e financeira, Sandra Regina Eccel, as informações do PDVI serão repassadas aos funcionários a partir de 28 de agosto.
– O último PDVI ocorreu em 2008 e contou com a adesão de 48 funcionários, de um total de 109 – diz Sandra, que acredita que o volume de interessados não será tão significativo quanto o último.
Sob o guarda-chuva da Codesc estão a Bescor e a Zona de Processamento de Exportações de Imbituba.
Em algumas estatais, porém, o número de adesões promete ser próximo a zero, como justifica o diretor administrativo e financeiro da Cidasc, Valdo José dos Santos Filho. De acordo com ele, a empresa tem um corpo de funcionários muito jovem, ao contrários das demais, e que, devido a isso, o número de adesões não deve ser muito significativo. No último PDVI da Cidasc, também em 2008, 600 pessoas aderiram, de um total de 1,3 mil servidores.
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Santos diz ainda que o prazo para que todas as demissões sejam efetivadas é junho de 2014, exceto a Epagri: até junho de 2015.