Sete pessoas foram indiciadas pelos crimes de organização crimonosa, lavagem de dinheiro, estelionato e crime contra a economia popular por participação em um esquema de pirâmide financeira nesta quinta-feira (28). A operação Pedra Angular, liderada pela Polícia Civil de Taió, apurou o caso que fez vítimas no Alto Vale do Itajaí e em outras cidades do litoral do Estado.
Continua depois da publicidade
> Clique aqui para receber notícias de Blumenau e região pelo Whatsapp
De acordo com o relatório divulgado pela Polícia Civil, o grupo iniciou o esquema no ano de 2019, em Pouso Redondo. O golpe consistia em atrair pessoas em busca de investimento no mercado de opções binárias, atividade não regulamentada no Brasil. Um rendimento de até 480% era prometido aos clientes que optassem investir.
A investigação apurou que as supostas operações com opções binárias nunca existiram. Na realidade, os valores que o grupo utilizava para pagar os rendimentos prometidos vinham de outras vítimas, que sem saber, alimentavam um esquema de pirâmide financeira.
> Três homens são presos por suspeita de criar pirâmide financeira no Vale do Itajaí
Continua depois da publicidade
De acordo com a investigação, em menos de um ano o grupo conseguiu movimentar cerca de R$ 70 milhões. No auge do negócio, a empresa chegou a ter 1.700 clientes. Durante o processo, aproximadamente 200 pessoas procuraram a Polícia Civil e registraram boletim de ocorrência com a alegação de terem sido vítimas do golpe.
Diversos bens dos suspeitos foram bloqueados e confiscados, como carros de luxo, terrenos e imóveis. Os integrantes chegaram a ser presos durante as investigações, mas agora respondem ao processo em liberdade. O valor dos bens sequestrados pela Justiça ultrapassa R$ 1 milhão.
Além disso, para o processo de investigação, a pedido da Polícia Civil, o sigilo bancário dos indiciados foi quebrado pelo Poder Judiciário.
> Santa Catarina tem queda de 52,8% no total de casos ativos de covid-19 em 8 semanas
No momento, o inquérito policial está sendo movimentado no Ministério Público, que apura a parte criminal da conduta dos suspeitos. Vítimas devem tentar ressarcimento através de advogados.
Continua depois da publicidade
*Estagiário sob supervisão de Bianca Bertoli.