Lembrando o popular “luz, câmera, ação” presente no cinema, o The Masked Singer Brasil conta com um roteiro estruturado e produzido em três atos até chegar ao resultado que assistimos semanalmente na TV Globo.
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Segundo um dos roteiristas, Tomás Fleck, os roteiros começaram a ser escritos no dia 16 de junho, após estudos sobre o formato como o reality é transmitido em países como Alemanha, Coréia do Sul, Estados Unidos, México e também no Reino Unido. O trabalho de “abrasileirar” o programa foi feito de forma criativa e colaborativa entre os roteiristas, a partir da coordenação de Larri Andrade e do que os profissionais tinham como experiência prévia de escrita.
– Eu sei muitas das técnicas da ficção para escrever, por exemplo: a estrutura do episódio é pensada como qualquer série de ficção – narra Tomás. – Existe um início que introduz o que vai acontecer no capítulo (batalhas musicais e adivinhações com base em dicas e voz); no meio há tensão sobre quem vai e quem fica (momento em que o público decide seus preferidos e quem pode ser desmascarado); e no fim o clímax (quem é a pessoa por trás da máscara?). Essa é uma estrutura em três atos que usamos na ficção.
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Ainda de acordo com o roteirista, esse é o primeiro trabalho de não-ficção em que está presente, e, para o desenvolvimento do roteiro, a equipe precisa pensar minuto por minuto do que será passado em cena, para criar um ritmo de acontecimentos e do que será contado no episódio, técnica utilizada também em produções de ficção. Além disso, a escrita do roteiro conta com sugestões de piadas que são passadas para os jurados com discrição para que não descubram quem são os cantores mascarados ou o que vai acontecer no episódio seguinte.

– Todos os roteiristas também participaram do set, e nele eu ficava cuidando mais dos jurados: ensaiava com eles sem que eles soubessem o que aconteceria no programa através de exercícios de improviso e dava sugestões de piadas em cima do que sabia que ia acontecer – Tomás conta. – Por exemplo: falarem “palpiste” em vez de “palpite” quando for a Arara; ou o fato de o Rodrigo [Lombardi] ter diversos post-its pela cabine dele. Era como uma preparação para que eles entrassem no programa bem animados e dispostos, que é como a preparação do elenco na ficção.
Desafios do roteiro de entretenimento
O roteirista, que já trabalhou em produções para a Netflix, Globoplay, Amazon Prime e Canal Brasil, explica que as dinâmicas de cada episódio são decididas em colaboração entre a equipe, em brainstorms coletivos.
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– Nos reunimos entre os roteiristas e tomamos decisões de como escrever o texto e as piadas da Ivete, escrevemos as dicas dos personagens e depois falamos sobre como munir os jurados de possibilidades de piadas e ideias de textos como sugestão a eles, que têm liberdade de falar o que quiserem – diz.
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A produção do roteiro do The Masked Singer Brasil é feita utilizando técnicas e estudos minuciosos; mas, por ser um reality show, muitos momentos ou falas não seguem um padrão ou ideia predeterminada, o que dá ainda mais vida para o programa.
– Os maiores desafios são sempre relacionados à falta de controle daquilo que não é 100% roteirizado, que é como eu estava acostumado a trabalhar – lembra Tomás. – Afinal, os jurados podem falar o que quiserem. Mas no fim essa falta de controle foi tranquila porque a coordenadora de conteúdo e roteirista, Larri Andrade, criou um ambiente propício para que a gente se sentisse confiante.
A equipe de roteiro é formada por: Jéssica Reis, Tomás Fleck, Priscila Nicolielo, Letícia Bulhões Padilha, com assistência de Aline Capucci.
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Próximo episódio
Nesta terça-feira (31) a NSC TV exibe mais um episódio de The Masked Singer Brasil, a partir das 22h20, depois da novela Império. Por enquanto já foram desmascarados o Dogão (Sidney Magal), o Brigadeiro (Renata Ceribelli) e o Coqueiro (Marcelinho Carioca).
O público continua com os “palpistes” para descobrir quem está por trás das fantasias de Arara, Unicórnio, Boi-Bumbá, Monstro, Jacaré, Girassol, Astronauta, Gata Espelhada e Onça Pintada.
Saiba mais sobre o trabalho por trás das câmeras para manter o segredo a respeito da identidade dos participantes.
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