Marcelo Camelo se apresenta em Florianópolis nesta sexta, às 21h, no teatro do CIC. Confira a entrevista que músico deu ao DC por email:

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Diário Catarinense – Esta é a sua segunda passagem por Florianópolis só neste ano. O que não poderá faltar neste show que você não incluiu em Voz e Violão?

Camelo – O show é absolutamente diferente. São 10 pessoas no palco, vibrafone, trombone, trompete, sanfona, os Hurtmold que é a banda que me acompanha são um show a parte. A nossa junção resulta num espetáculo muito diverso do show voz e violão.

DC – Este show faz parte da tour de promoção do seu último álbum, Toque Dela, mas você não abre mão também de composições de Sou, o anterior. Como você enxerga a construção da sua identidade como compositor entre um trabalho e outro?

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Camelo – Eu sigo fazendo, farejo o próximo passo, não me preocupo muito com isso. Acho que a identidade é resultante desse processo de procura. Existem angústias e vontades que movem minhas escolhas e que são mais fortes que isso.

DC – Se você não é um devoto da cultura maia, quais os planos para 2013? Um novo disco?

Camelo – Sim, estou sempre fazendo alguma coisa. Estamos finalizando o DVD e a partir disso já começo a pensar no disco novo.

DC – E por falar em Toque Dela, há 15 dias quem passou por aqui foi a Mallu Magalhães. É possível esperar por uma turnê com vocês dois juntos no palco?

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Camelo – Temos muita vontade de fazer isso mas precisamos ter esse tempo de dedicação exclusiva a isso. Não dá pra fazer de qualquer jeito uma coisa como essa. Então enquanto estamos em turnê fazendo outras coisas é melhor deixar essa ideia por ali esperando a oportunidade boa.

DC – Você acredita que, de certa forma, estes dois shows seus poderão compensar a ausência de Floripa na turnê de 15 anos dos Los Hermanos?

Camelo – Não levo minha carreira nestes termos. Procuro oferecer uma experiência que justifica-se por si.

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DC – Você deve ter percebido o clima um tanto caótico entre a plateia naquele show de agosto passado. Não te incomoda o fato de você ter amadurecido tanto como músico e na sua produção enquanto o público ainda se comporta como adolescentes histéricos nos shows dos Los Hermanos?

Camelo – Um amigo que é dono de bar disse uma vez pra mim que não se pode vender bebida e cobrar compustura. Acho que com artista se passa uma coisa análoga. Eu procuro me manter pessoalmente distante dessa parte da coisa, e isso me ajuda a encarar estes momentos com tranquilidade e amor. Acho que essa histeria é uma forma de amor não é?

Agende-se

O quê: Marcelo Camelo Show “Toque Dela”

Quando: 30/11

Onde: Teatro Ademir Rosa, no CIC. Avenida Gov. Irineu Bornhausen, 5600, Florianópolis

Quanto: R$ 90. Clube Assinante R$ 70. Meia-entrada R$ 45